domingo, 29 de maio de 2016

SOCIOLOGIA #1 - ÉMILE DURKHEIM

Resultado de imagem para DURKHEIM
O positivista Émile Durkheim é considerado o fundador da Sociologia Moderna. Para ele, a Sociologia é uma ciência independente e seu objetivo são os fatos sociais, que estruturam a realidade social sendo exteriores aos indivíduos e formando uma realidade específica que exerce sobre esses: uma força (coerção). Segundo o pensador francês, o homem é um animal que só se humaniza pela socialização e a causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que o antecederam. 


FATOS SOCIAIS:

É o que é geral e o que se repete na maioria dos indivíduos. Para Durkheim, o fato social é exterior aos indivíduos, isto é, toda e qualquer sociedade possui regras de comportamento, como sentar-se à mesa para uma refeição, respeitar as pessoas mais velhas, não jogar lixo em local impróprio. Independente da nossa vontade ou escolha, a sociedade em que vivemos nos impõe determinações que podem se manifestar nas leis ou mesmo no idioma local, nas formas de construir moradias, de se vestir ou mesmo no formato familiar. 

Características:
  • Coerção social: Força que os fatos sociais exercem sobre os membros de uma sociedade, levando-os a respeitar as normas ou regras sociais, independente da vontade e escolha do indivíduo. Caso ele não siga as imposições sociais, estará sujeito a sanções (punições) legais ou espontâneas.

Nesse sentido, a educação é um dos exemplos de fato social preferidos por Durkheim, pois desempenha importante papel ao transmitir as regras de comportamento social, transformando-se em hábitos, seja a educação recebida em casa (informal), seja a obtida nas escolas (formal). 
 

  • Generalidade: Uma vez que os atos repetem-se entre os indivíduos de uma composição social, transparecendo sua natureza comum e coletiva. É  o caso da linguagem, da moral, da culinária, das habitações, dos valores e das vestimentas.


Neutralidade científica:

  • Segundo Durkheim, o cientista social deve manter distância e neutralidade sobre o fato social estudado, o que significa dizer que os sentimentos e os valores pessoais do profissional não devem interferir no objeto de estudo, sob o risco de distorção do fato observado. A subjetividade não deve prevalecer sobre suas investigações.

  Correntes Sociais: Grandes manifestações de entusiamo, indignação, piedade, entre outros. Chegam a cada um de nós do exterior e não tem sua origem em nenhuma consciência particular. São suscetíveis de nos arrastar, mesmo contra a nossa vontade. Após sua passagem percebemos como sofremos e não produzimos esses sentimentos, e, por vezes, nos sentimos estranhos.

  Solidariedade Mecânica: Sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas". Nelas, os indivíduos que as integram compartilhas das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas quanto no que se refere aos interesses materiais necessários à subsistência do grupo. Há forte consciência coletiva e pouca diversidade. Indivíduos se sentirão ''da parte pelo todo''. Exemplo: Indígenas.

  Solidariedade Orgânica: Predominante nas sociedades ditas ''modernas'' ou ''complexas'' do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (capitalismo). Apesar de não compartilharem os mesmos valores, crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada. Isso se deve à divisão do trabalho. A consciência coletiva se resolve na percepção de que todos são indivíduos. Exemplo: Especificação de carreiras e profissões que mesmo possuindo funções diferentes, se completam em suas atividades quando se relacionam entre si.


Críticas aos pensamento de Durkheim:

  • Visão idealizada da sociedade.
  • Ênfase na neutralidade durante a análise dos fatos sociais, o que é considerado improvável, visto que sempre haverá um teor subjetivo durante as pesquisas.
  • Visão de uma sociedade que teoricamente não se modifica ao longo dos anos. No entanto, os costumes, as crenças, os comportamentos e valores estão sob constantes transformações.



Fontes: Sistema de Ensino Poliedro, Canal Sistema de Ensino Poliedro.

terça-feira, 24 de maio de 2016

BIOLOGIA: Filo #1 - Poríferos

   As esponjas pertencem ao grupo dos poríferos. Durante muito tempo foram consideradas como plantas, devido ao fato de viverem fixadas e terem uma aparente imobilidade. Atualmente são classificadas como Parazoários.
  • Eucariontes (possuem envoltório nuclear)
  • Pluricelulares (possuem mais de uma célula)
  • Heterótrofos
  • Assimétricos ou simetria radial
   Todos os representantes do filo Porifera são aquáticos, a maioria marinha. 
   São sésseis, isto é, vivem fixados ao fundo do ambiente como em rochas, corais ou conchas.
   São conhecidos como animais filtradores.

   Organização muito simples, uma vez que suas células não formam tecidos definidos e nem se agrupam em órgãos.

   Não há cavidade digestória nem sistema nervoso, sistema endócrino e sistema circulatório.

Pinacócitos: Formam revestimento externo do corpo.
Coanócitos: Células flageladas que formam a parede interna. Responsáveis pela captura e digestão de alimentos (em conjunto com os amebócitos). Os batimentos dos flagelos impelem a água, garantindo, assim, uma contínua circulação desta.
Amébócitos: Podem se transformar em outras células. Seria uma espécia de "célula tronco" da esponja.
Porócitos: Células que formam os poros da superfície do corpo, ou seja, óstios.
Escleroblastos: Células formadoras de espículas. As mesmas, juntamente com as fibras de espongina, formam a estrutura de formação do corpo, ou seja, o esqueleto do porífero.

 Nutrição: Digestão intracelular. Captura de alimento por meio dos amebócitos e substâncias distribuídas por difusão.

 Respiração: Feita por difusão direta dos gases (O2 e CO2) através da membrana plasmática.

 Reprodução: Assexuada >>> Brotamento ou Gemiparidade

Regeneração (mesma técnica de alguns equinodermos)

Gemulação (forma de sobrevivência em condições desfavoráveis na natureza)

Sexuada >>> Fecundação cruzada. Podem ser monoicas ou dioicas.



     Importância comercial: As esponjas produzem substâncias tóxicas como forma de defesa contra predadores. A partir desses produtos, têm sido obtidos vários medicamentos. O AZT, por exemplo, um medicamento contra o vírus da Aids, foi sintetizado a partir de substâncias químicas descobertas em uma esponja típica dos recifes de corais do Caribe.
Recentemente, foram descobertas as substâncias baliclonaciclamina e arenosclerina A, B e C, produzidas por esponjas, que têm ação citotóxica e antibiótica contra bactérias resistentes a antibióticos, como as que causam infecções hospitalares.
Na espécie Aplysina caissara, exclusiva do Brasil, foi detectado um alcaloide com propriedades antitumorais, ou seja, que pode ajudar a combater tumores.

Fontes: Editora Bernoulli, Sistema Poliedro de Ensino, Biologia Hoje Vol 2, Canal O Kuadro.