O Quinhentismo é o período em que surgem as primeiras realizações artísticas sobre os territórios descobertos pelo expansionismo marítimo. No caso do Quinhentismo associado ao Brasil, foi significativa a produção de duas manifestações literárias: as crônicas de viagem, que também recebem o nome de literatura informativa e a literatura dos jesuítas.
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"Descobrimento" - Cândido Portinari |
A literatura informativa constitui-se dos relatos dos viajantes, que descreviam as novas terras avistadas e conquistadas, além de relatar as características físicas e comportamentais dos povos que nelas se encontravam. Era comum, portanto, que nas expedições marítimas estivesse presente a figura de um cronista a serviço do rei para, minuciosamente, traçar um panorama dos novos territórios encontrados. No caso da história portuguesa e brasileira, a Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil foi o relato mais significativo. Tal missiva sobre o novo território descoberto é considerado o marco da literatura brasileira. Todavia, merece a ressalva de que ainda é uma literatura sobre o Brasil, e não uma literatura nacional.
Os textos de Padre Anchieta constituem-se de cartas (nas quais descreve os costumes dos índios), poemas religiosos (compostos em versos curtos, ainda dentro do gosto medieval) e peças teatrais (geralmente autos por meio dos quais o jesuíta manifestava a sua pregação via literatura). Gradativamente, o jesuíta acrescentava ao tupi e às entidades religiosas indígenas, com os quais estruturava sua peça, vocábulos do português e demonstração da fé cristã.
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Primeira Missa |
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Padre José de Anchieta |
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"Desembarque de Pedro Álvares Cabral" - Oscar Pereira da Silva |
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