- INTOLERÂNCIA E FÉ NO BRASIL (Tema Enem 2016 - 1ª aplicação)
- ECOS DA ESCRAVIDÃO (Essencial para desenvolver o Tema Enem 2016 - 2ª aplicação)
- RACISMO NAS ESCOLAS (Essencial para desenvolver o Tema Enem 2016 - 2ª aplicação)
- O NEGRO NO BRASIL (Essencial para desenvolver o Tema Enem 2016 - 2ª aplicação)
- DESTA ÁGUA NÃO BEBEREI
- POBREZA NO BRASIL
- INDÍGENAS, A LUTA DOS POVOS ESQUECIDOS (Uma das minhas apostas para o Enem 2017)
- HOMOFOBIA, ATÉ QUANDO?
- NOVOS IDOSOS, VELHOS DESAFIOS (Uma das minhas apostas para o Enem 2017)
- PREVIDÊNCIA EM QUESTÃO *Muito importante para as Ciências Humanas
- MÃO DE OBRA ESCRAVA
- SOBRE ANIMAIS E DIREITOS
- ADOÇÃO
- AS CORES DA CIDADE
- UM SONHO: A TERRA *Importante para as Ciências Humanas
- A ESCOLA NECESSÁRIA
- GOSTO AMARGO DO RIO DOCE
- VAMOS FALAR SOBRE A MÍDIA?
- DENGUE: A CADA VERÃO, UMA NOVA EPIDEMIA
- ZIKA: RELATO DE UMA EPIDEMIA
- DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS (Tema Enem 2016 - PPL: Presidiários)
- COMIDA PRA QUEM PRECISA (Essencial para desenvolver o Tema Enem 2016 - PPL: Presidiários)
- DEPRESSÃO, A DOR DA ALMA
- (IN) JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS
- POR QUE O BRASIL É O PAÍS QUE MAIS MATA TRANSEXUAIS?
- AGROTÓXICOS
- DEZ ANOS DOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL
- EX-PRESIDIÁRIOS EM BUSCA DE TRABALHO
- O NOSSO LIXO
- GÊNERO: DESAFIO DA VIDA MODERNA
- JOVENS INFRATORES
- DEPENDÊNCIA QUÍMICA
- PUBLICIDADE INFANTIL (Tema Enem 2014)
- EMPREGADAS DOMÉSTICAS
- NASCIMENTO DE BEBÊS NO BRASIL
- BIOTECNOLOGIA
- SOLIDARIEDADE
- VIDA ADAPTADA
- INCLUSÃO ESCOLAR
- DOPING, A ILUSÃO DO ESPORTE
- VIOLÊNCIA INFANTIL
- FEBRE DIGITAL
- REMÉDIOS: O PREÇO DA SAÚDE
- EXPLORAÇÃO SEXUAL
- BIOPIRATARIA
- ESCOLA=AFETO+CONEXÃO
- INTERNET E REDES SOCIAIS
- DEFICIÊNCIA E CIDADANIA: LUTAS E CONQUISTAS
- CRIME NA REDE: INTERNET COMPARTILHADA
- TRANSPLANTE - UMA CHANCE DE VIDA
- POPULARIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA
- USO DE ARMAS DE FOGO NO BRASIL
- REFUGIADOS NO BRASIL
- NO LABIRINTO DAS DROGAS
- ANABOLIZANTES
- ACIMA E ABAIXO DO PESO IDEAL
- LEITURA
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Caminhos da Reportagem
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Princípios da Sociologia
Segundo Augusto Comte, fundador do Positivismo, a sociedade é como um corpo doente que possui problemas sociais que precisam ser sanados a partir da ciência gerando o progresso. A ciência humana da sociedade seria a Sociologia.
O surgimento da Sociologia se encaixa no contexto da Revolução Industrial, Iluminismo, Revolução Francesa e a tradição filosófica empirista e racionalista. A sociologia é uma resposta às transformações ocasionadas por essas revoluções.
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Etnocentrismo
Pensar a própria cultura como superior às outras, considerando-as repugnantes. Pensamento que gerou a política Imperialista. Nenhuma cultura é superior ou inferior à outra. Nenhuma pessoa tem mais cultura do que outra. Nenhuma pessoa é aculturada.
Direitos Humanos
1ª Geração: Políticos e Civis
Quando? Iluminismo e Revoluções Burguesas
O que são? Direitos Naturais e Universais (Vida, Liberdade, Igualdade apenas Jurídica, Propriedade) e Direitos Políticos (Participação Política)
Limites: Não estendiam esses direitos aos negros, aos asiáticos, e outros grupos. Não estendiam a povos de outros continentes, como populações mais pobres. Não havia para a maior parte dos iluministas de que poderíamos pensar em uma igualdade social, por isso focavam na igualdade jurídica.
2ª Geração: Sociais
Quando? Pós-Revolução Industrial - Pensamento Socialdemocrata e Socialista
O que são? Direito à Educação, Saneamento Básico, Saúde, Transporte, Renda Mínima.
3ª Geração: Minorias e Natureza
Quando? Movimentos sociais ligados a identidade (Negro, Feminista, Gay, Indígena) e Grupo Bolivariano (Equador e Bolívia).
O que são? Direitos da Natureza (Pacha Mama), Direitos Indígenas (Estado Plurinacional), Direito dos Animais, Movimento Negro, Movimento LGBT, Movimento Feminista.
"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades."
Boaventura de Souza Santos
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Filosofia > Período Socrático
O pensamento de Sócrates é um marco na constituição de nossa tradição filosófica, e pode-se dizer que inaugura a filosofia clássica rompendo com a preocupação quase que exclusivamente centrada na formulação de doutrinas sobre a realidade natural que encontramos nos filósofos pré-socráticos. A própria denominação "pré-socráticos" já reflete a importância da filosofia de Sócrates como um "divisor de águas". É nesse momento que a problemática ético-política passa ao primeiro plano da discussão filosófica como questão urgente da sociedade grega, superando a questão da natureza como temática central.
Período Pré-Socrático --------------------- COSMOLÓGICO (Physis/Arkhé)
Período Socrático -------------------------- SISTEMA ANTROPOLÓGICO / ÉTICO (Nomos)
- Tradição filosófica baseada em aspectos mais humanos, chamada de Nomos.
"De onde nós viemos?"; "Quem somos nós?"; "O que é o conhecimento?"; "O que é a verdade?"; "O que é a sabedoria?".
- Ser sábio, para Sócrates, significa ser humilde perante o conhecimento e suas formas. Buscar a verdade mas sempre ter em mente que o ser humana nunca vai conquistar a verdade absoluta.
"Só sei que nada sei" - Representação da humildade perante o conhecimento e o desejo de saber sempre mais. O seu conhecimento nunca será absoluto. Ninguém possui todo o conhecimento do universo.
Método Socrático
- Exortação: Convite aos discípulos para discutir algum tema.
- Indagação: Sócrates busca opiniões, e há a exposição de várias opiniões.
- Ironia: Momento que Sócrates "destrói" a opinião apresentada pelos discípulos a fim de mostrar que o indivíduo não entende completamente sobre o assunto.
- Maiêutica: Parto. Quando o indivíduo irá parir sozinho o seu conhecimento. O discípulo entrou na Exortação com uma opinião rasa, e está saindo com seus argumentos destruídos, ouvindo a opinião dos outros e tentando formular um novo conhecimento, chegando mais próximo da verdade.
A Condenação de Sócrates
- Corromper a juventude de Atenas, fazendo essa parcela da população pensar e questionar a sociedade da época.
- Descrença nos deuses da cidade e disseminar essa visão entre os jovens, quando na verdade Sócrates questionava o poder dos sacerdotes e questionava as atitudes dos cidadãos.
- Agir contra a democracia.
Sócrates condenado a berber um copo de veneno frente a sociedade ateniense |
Princípios da Filosofia
Palavras-chave:
Logos: (Lógica, razão)
Physis: (Física, natureza das coisas)
Arkhé: (Arqueologia, relacionada com a criação do mundo)
Para os Gregos, o trabalho era algo que deveria ser realizado somente pelos escravos, pois privava o tempo que os cidadãos da pólis tinham para pensar. Essa ideia sobre o significado do trabalho durou até a Idade Média e se modificou a partir das Reformas Religiosas.
Todas as ideias eram discutidas na Ágora por aqueles que eram considerados cidadãos, estabelecendo leis que contribuíssem para o desenvolvimento da pólis.
O primeiro filósofo grego da história foi Tales de Mileto
Filósofos Pré-Socráticos
Tales de Mileto: Para o filósofo que viveu boa parte de sua vida no Egito, Tales entendia que a água está ligada aos processos da vida no planeta, ligada ao nascimento, à morte. Princípio Universal que mesmo ao se modificar, não perde a sua essência, assim como a água.
Anaximandro de Mileto: O princípio e a causa geradora do universo é o Apéiron. O Apéiron é ilimitado, indefinido, indeterminado, abstrato. O mundo todo é criado pelo movimento circular do Apéiron.
Pitágoras: Grande matemático, acreditavam que o princípio universal eram os números. Para Pitágoras os números eram entidades reais com natureza própria. Tudo em nosso universo tem medidas. O homem inventou a matemática, mas não os números, pois as medidas sempre existiram.
Demócrito: Grande sistematizador do atomismo, doutrina que acreditava que o universo, a physis, é formado por átomos. Átomo-Ideia: Indivisível, Invisível e Inteligível.
Heráclito: Tudo muda o tempo todo. A mudança seria o arkhé do universo, o princípio que rege. Universo como um fluxo contínuo. "Ninguém entra no mesmo rio duas vezes, e quando você entra de novo, não é mais o mesmo rio".
Parmênides: Nada muda. O Ser é, não pode não ser. O não ser não existe. As mudanças na verdade são uma ilusão. Nada muda na essência porque o princípio universal não pode ser modificado. A essência do universo não pode ter se modificado, caso contrário seria o não ser.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
História: Economia Mineradora
A partir da União Ibérica, a situação de Portugal em relação à colônia brasileira alterou-se significativamente. A produção de açúcar caiu em mãos estrangeiras e, depois da expulsão dos holandeses, a concorrência internacional começou a pesar sobre a exclusividade de fornecimento do açúcar no mercado europeu. De modo semelhante, o tráfico escravo passou a ser controlado, em grande parte, pelos holandeses.
Uma das alternativas para alavancar a economia portuguesa, seria a pesquisa litorânea, propriamente dita, para verificar, não no litoral, mas nas vastas regiões interioranas, a existência de uma nova atividade econômica de resultados mais promissores para a metrópole.
A notícia da descoberta de ouro e diamantes na colônia, tão esperada desde 1500, atraiu para a região das minas milhares de portugueses e colonos de outras regiões brasileiras, sobretudo do Nordeste. A população colonial passou de 300 mil habitantes no final do século XVII para 3,3 milhões no final do século XVIII.
A ocupação e o povoamento da região mineradora, como o atual estado de Minas Gerais e, em seguida, Goiás e Mato Grosso, alteraram o caráter predominantemente rural da colonização, com o surgimento de diversas vilas e cidades.
O desenvolvimento de um novo eixo econômico, deslocando as atividades principais da costa litorânea nordestina para o centro-sul, determinou a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763.
Em 1700, cerca de trinta mil aventureiros se encontravam na região, organizados em grupos liderados por caudilhos que, na ausência de um poder constituído, disputavam o poder e o controle sobre as áreas produtoras. Entre 1707 e 1709, um conflito, a guerra dos Emboabas (estrangeiros). confrontou, de um lado, os paulistas e, do outro, os forasteiros que chegaram de Portugal e de outras regiões da colônia, aos milhares. A derrota dos paulistas retirou de São Paulo a exclusividade de exploração mineral, frustrando os paulistas que a desejavam, e os impulsionou em direção ao Mato Grosso e a Goiás onde, anos depois, encontraram novas jazidas auríferas.
- Destacava-se a importância das vias terrestres para o transporte dos minerais preciosos e abastecimento.
- Foi nas margens do Caminho Novo (Estrada Real) que a Zona da Mata Mineira se desenvolveu.
- Para facilitar o escoamento para o porto mais próximo, o Rio de Janeiro torna-se a nova capital da Colônia em 1763.
- O governo português montou uma nova estrutura de governo, uma dessas iniciativas foi a Intendência das Minas, responsável pela distribuição das datas e organização das vilas.
- Foi também providenciada uma guarda especial para evitar tensões sociais.
- As datas eram distribuídas aos mineradores através do sistema de arremates.
- As datas eram diferentes das sesmarias de tamanho menor, não tinham como objetivo a ocupação de território como no caso das sesmarias.
- Através da concessão das datas, o minerador era obrigado a promover a extração de metais preciosos e dar uma parte a El Rei.
- Quinto: Imposto de 20% sobre o material extraído.
- Todo ouro deveria passar pelas Casas de Fundição.
- Compromisso de se atingir o valor mínimo de 100 arrobas anuais.
- A partir de 1763 o ouro começa a escassear e o teto de 100 arrobas anuais começa a não ser atingido.
- DERRAMA: Cobrança violenta do quinto, no qual moradores teriam suas casas invadidas pelas autoridades que retirariam qualquer bem material que pudesse ajudar a compensar o valor das arrobas anuais.
- Foi num dia, marcado para a derrama, que ocorre a Inconfidência Mineira.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Escolas Literárias - Barroco (1601 - 1768)
"A palavra barroco adquiriu valor pejorativo nos meios humanistas da Renascença, que delas se serviam para se referirem desdenhosamente aos lógicos escolásticos e aos seus argumentos e raciocínios, considerando-os absurdos e ridículos. Um argumento in baroco, por conseguinte, significava um argumento falso e tortuoso e, segundo Croce, a expressão teria sido transferida para o domínio das artes, para designar um estilo que aparecia também como falso e ridículo." SILVA, Vítor Manuel de Aguiar.
Também conhecida como Seiscentismo, o Barroco permaneceu durante séculos atrelada à concepção pejorativa de uma arte irregular, afetada, repleta de ornamentos abusivos que comprometiam a sobriedade e a linearidade das formas plásticas e da clareza linguística. O Barroco veio "deturpar"a sobriedade, a geometrização e a precisão da arte renascentista, segundo a visão estética profundamente iluminista do século XVIII.
Renascimento:
"Passo do Hordo" - Aleijadinho |
- Linear
- Plano
- Forma fechada
- Pluralidade
- Clareza
- Pictórico
- Profundo
- Forma aberta
- Unidade
- Obscuridade
"A virgem do rosário" - Caravaggio |
A oposição estilo linear x pictórico é percebida facilmente ao se contrapor uma tela renascentista a uma barroca. A primeira apresenta linhas, contornos para as figuras; já a segunda elimina as linhas e demonstra o espaço por meio da oposição claro-escuro das figuras. Isso contribui também para a segunda categoria apresentada, pois os quadros da Renascença empregam tons mais pastéis, uma palheta mais eufemista na elaboração de planos mais claros, horizontais e chapados; já os do Barroco são dotados de uma profundidade, sugerem com maior intensidade uma perspectiva por meio de cores mais intensas e do contraste da luz. O Barroco transborda o espaço da tela, extravasa a cena com diagonais que apontam para fora do que foi apresentado, o que leva o espectador a vislumbrar o que não foi pintado. Na tela renascentista, é possível separar uma figura das demais, o que é inviável no trabalho barroco, tendo em vista a multiplicidade e interação de planos. Quanto ao item claridade absoluta x claridade relativa, é fácil notá-lo na luz igualmente distribuída em uma tela renascentista e na luminosidade parcialmente representada para cada plano ou compartimento da obra barroca.
A proximidade do Barroco com a religiosidade medieval explica-se pelo fato de que a Igreja, consciente da perda de muitos de seus fiéis com a Reforma Protestante de Lutero, desejava recuperar e resguardar seu "império". Dessa forma, as artes, tanto a literatura quanto a pintura, tornaram-se o grande foco da Contrarreforma, que pretendia educar e moralizar os fiéis para que eles não se afastassem dos valores católicos. Desse modo, o Barroco passou a ser considerado como uma arte da Contrarreforma, justamente pelas qualidades de sua visualidade pictural, capaz de seduzir, convencer e converter o espectador. O Barroco também era empregado como uma arte catequética, que tinha o intuito de educar e de moralizar os "gentios" das colônias descobertas no século anterior.
Os sermões de Padre Antônio Vieira são um belo exemplo dessa arte barroca dotada de uma intencionalidade cristã com o objetivo de se promover a edificação da fé por meio de uma linguagem elaborada, cultista e conceptista bem ao modo da época. O caráter cultista da linguagem barroca está no seu exercício lúdico e encantatório. Como o próprio nome indica, o cultismo é o culto à forma, ao rebuscamento, o que justifica o emprego de várias sofisticações linguísticas proporcionadas por algumas figuras de linguagem, tais como o hipérbato (que são as inversões sintáticas capazes de deixar o texto com um contorcionismo linguístico como se verifica nas estruturas espiraladas da arquitetura e da pintura), as aliterações, assonâncias e anáforas (que geram uma intensa musicalidade ao texto), a disseminação e o recolho (que correspondem à repetição dos termos em um jogo sonoro e semântico). Entretanto, a linguagem não pode ser apenas cultista, pois senão ela não cumpre com a sua função persuasiva, será mero exercício oratório sem a capacidade retórica de envolver e seduzir. Para que isso ocorra, a linguagem também deve ser conceptista, ou seja, explicar um conceito (uma ideia abstrata) por meio de uma imagem concreta. O conceptismo é construído, portanto, através de analogias, de comparações e de metáforas.
Um dos mais conhecidos e belos textos de Vieira é o Sermão da Sexagésima, pregado na Capela Real, em 1655, não para os homens comuns, mas para os próprios sermonistas. Neste texto, Vieira acusa os religiosos de não estarem mais convertendo ou sensibilizando os fiéis devido aos excessos cultistas dos sermões que estavam produzindo. Os sermões estavam retratando vários assuntos, com uma linguagem muito rebuscada, destinada ao público erudito, empregada apenas para os pregadores se promoverem, alimentarem o ego e a própria vaidade. Pregavam para si e não para os outros, acusa Vieira.
Além do Padre Antônio Vieira, o outro grande nome do Barroco em língua portuguesa é o de Gregório de Matos, conhecido como Boca do Inferno.
A poesia de Gregório de Matos pode ser dividida em três grupos, a sacra, a amorosa e a satírica. Mas em todos eles é nítida a linguagem lúdica do poema, repleta de trocadilhos, ambiguidades, metáforas e antíteses, nem ao gosto do estilo barroco. Sua poesia consagrou-se pela riqueza típica dos sentimentos religiosos.
Segundo o raciocínio barroco, cabe ao homem pecar e a Deus perdoá-lo pelos erros cometidos. Os vícios humanos são, assim, compensados com a benignidade divina.
A poética amorosa de Gregório de Matos é marcada pela concepção mundana, carnal e efêmera da vida e dos relacionamentos amorosos. O carpe diem se faz constante em sua lírica, evidenciando na voz do eu poético que clama à amada pelo gozo físico, tendo em vista a fugacidade da existência.
A lírica filosófica destacam-se textos que se referem ao desconcerto do mundo e às funções humanas.
A lírica religiosa obedece aos princípios fundamentais do Barroco europeu, fazendo uso de temas como amor a Deus, a culpa, o arrependimento, o pecado e o perdão, além de constantes referências bíblicas.
Em alguns de seus poemas satíricos, a linguagem de Gregório de Matos aparece repleta de termos chulos. Boca do Inferno não se priva ou mesmo se sente censurado diante de tal autoridade. Pelo contrário, a sátira é o mecanismo pelo qual o poeta contesta e reivindica livremente todas as perseguições que sofria.
Barroco na arte: (principais)
Caravaggio
Bernini
Aleijadinho
Manuel da Costa Ataíde
terça-feira, 7 de julho de 2015
Escolas Literárias - Quinhentismo (1500 - 1601)
O Quinhentismo é o período em que surgem as primeiras realizações artísticas sobre os territórios descobertos pelo expansionismo marítimo. No caso do Quinhentismo associado ao Brasil, foi significativa a produção de duas manifestações literárias: as crônicas de viagem, que também recebem o nome de literatura informativa e a literatura dos jesuítas.
"Descobrimento" - Cândido Portinari |
Os textos de Padre Anchieta constituem-se de cartas (nas quais descreve os costumes dos índios), poemas religiosos (compostos em versos curtos, ainda dentro do gosto medieval) e peças teatrais (geralmente autos por meio dos quais o jesuíta manifestava a sua pregação via literatura). Gradativamente, o jesuíta acrescentava ao tupi e às entidades religiosas indígenas, com os quais estruturava sua peça, vocábulos do português e demonstração da fé cristã.
Primeira Missa |
Padre José de Anchieta |
"Desembarque de Pedro Álvares Cabral" - Oscar Pereira da Silva |
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