sexta-feira, 22 de julho de 2016

GEOGRAFIA: Fontes de Energia -( Parte 1 )-

Matriz energética

Consiste em uma representação quantitativa da oferta de energia oferecida por um país ou por sua região.

Carbón = Carvão / Renovables = Renováveis

A análise dessa matriz ajuda a compreender a estrutura econômica de uma nação e a sua dependência em relação à determinada fonte energética. As vantagens ou as desvantagens dessa dependência podem ser identificadas no caso da disponibilidade de uma fonte de energia de baixo custo ou da súbita redução da oferta de outra. O racionamento de energia enfrentado pelo Brasil em 2001, provocado pela escassez de chuvas e pela grande dependência do país em relação à energia hidrelétrica, foi histórico.

FONTES PRIMÁRIAS: 
Podem ser divididas em renováveis e não renováveis. O que determina se uma fonte é renovável ou não é a diferença entre a velocidade com a qual ela é repostas na natureza e a velocidade que é consumida. 

FONTES NÃO-RENOVÁVEIS: São aquelas de origem mineral, com destaque para o petróleo,o carvão mineral, o gás natural, o xisto betuminosos e o urânio. 

FONTES RENOVÁVEIS: Geralmente estão ligadas a ciclos da natureza, os quais podem repor rapidamente as condições para o consumo da energia, o que não significa, é claro, que tais fontes sejam inesgotáveis. Na verdade, elas têm limites. Se tais limites forem respeitados, elas poderão continuar funcionando indefinidamente; mas, se ultrapassarmos tais limites, perdemos essas fontes. Os principais exemplos são a hidráulica (rios e oceanos), a solar, a eólica, a biomassa e a geotérmica.

Fontes Alternativas/Limpas: São aquelas cujo impacto ambiental é reduzidíssimo, ou seja, não poluem nem colaboram para o desmatamento ou qualquer outra forma de prejuízo a ecossistemas terrestres ou aquáticos. Alguns destaques:

  • Energia Solar (pode ser usada por meio do aquecimento da água ou pelas células fotovoltaicas, transformando a luz solar em energia elétrica), Energia Eólica (recomendada para países com ventos constantes e com PIB elevado, devido ao custo da instalação), Energia Geotérmica (utiliza o calor do manto da terra para aquecer a água e gerar energia elétrica), Energia das Ondas (movimento dos oceanos).

sábado, 16 de julho de 2016

HISTÓRIA: O pensamento liberal

A ideologia liberal confunde-se com a luta contra o absolutismo e o mercantilismo e, devido à sua divulgação nas áreas dominadas pelas monarquias europeias na América Colonial, com a luta pela independência política no continente americano.

Os filósofos liberais explicitaram algumas ''leis naturais'' que deveriam determinar a organização das sociedades humanas:
  • em primeiro lugar, o direito à vida, inerente a todo homem;
  • em segundo lugar, o direito inalienável de possuir condições mínimas para viver (ar para respirar, comida para sobreviver, moradia e roupas par abrigar-se, etc.), que os pensadores liberais chamavam genericamente de "propriedade privada";
  • em seguida, o direito à felicidade ou, de modo amplo, o direito de escolher o que é melhor para cada um;
  • a esse direito de escolha está relacionada a liberdade de decisão, pois só se escolhe alguma coisa quando se tem o direito à liberdade para optar;
  • enfim, se esses direitos são naturais, eles são, também, universais; todos os homens, independentemente de onde estejam ou de que nível social façam parte, devem possuí-los igualmente.

Vida, propriedade privada, felicidade, liberdade e igualdade de direitos constituem, sinteticamente, a bandeira mais ampla do pensamento liberal.

Em linhas amplas, o liberalismo opõe ao Estado autoritário e hipertrofiado. Ao invés de existir um rei que submete a todos a sua vontade, no Estado contratual liberal, os governados cedem apenas alguns direitos ao governante. Os poderes políticos devem ser divididos, cabendo ao governantes primordialmente o direito de executar a lei; os governados determinam as leis, através de Parlamentos, que, em última análise, expressam a vontade da maior parte dos cidadãos. Acima da vontade de todos, está a lei.

O Estado não deve - e nem pode - interferir na economia. A economia, como a sociedade, é também regida por leis naturais. As leis naturais que regem a economia - como a lei de oferta e da procura -  garantem a produção, a troca e os preços de forma "natural". O livre comércio, sem barreiras alfandegárias ou protecionismos, como era comum na economia mercantilista, garante o equilíbrio entre as nações. No máximo, deve caber ao Estado emitir a moeda e vigiar se as relações econômicas estão se realizando de modo normal.

Os homens que construíram a teoria liberal 

O liberalismo surgiu, inicialmente, na Inglaterra, onde, não por acaso, Isaac Newton havia culminado a Revolução Científica ao formular os princípios  da gravitação universal. Da Inglaterra, as ideias liberais se espalharam pela França e, daí, por todo o continente, atingindo, em seguida, as a´reas coloniais da América. Na França, especialmente, a produção de obras de caráter liberal deu origem àquilo que se chamou de pensamento iluminado ou iluminismo; os teóricos liberais franceses consideravam-se iluminados pela razão e pela ciência, destinados a superar o obscurantismo da tradição, da autoridade e da religião constituída.

O pensamento liberal propunha a eliminação do estado autocrático de fundamentação absolutista e da presença de qualquer poder político na gestão da economia.

JOHN LOCKE (1632-1704)

Inglês, é considerado o grande percursor das teorias liberais. Em seu livro, O Segundo Ensaio sobre o Governo Civil, publicado em 1690 para justificar politicamente a Revolução Gloriosa (1688) - que derrubou o regime absolutista inglês -, Locke propõe 
  • uma nova concepção de ''Contrato Social'' que estabelece na sociedade politicamente organizada o direito de governar sendo um consentimento dos cidadãos, que criaram o Estado para defender os seus direitos;
  • a existência da propriedade privada como um direito natural o qual cabe o Estado apenas reconhecer e proteger.
  • a garantia do direito de rebelião aos cidadãos se o Estado se negar a garantir os seus outros direitos ou se demonstrar injusto em relação a eles;
  • a concepção de um Estado no qual existem funções ou poderes que devem ser exercidos por órgãos ou indivíduos diferentes.

ADAM SMITH (1723-1790)

De origem escocesa, publicou, em 1776, o livro Indagação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Esse é o livro é tão importante para a ciência econômica quanto o de John Locke foi para a ciência política. Em seu livro, Smith se indaga sobre a verdadeira causa da riqueza de uma nação. Para os mercantilistas, os metais preciosos eram a causa, para os pensadores fisiocratas era a agricultura. Porém, para Smith, a causa da riqueza de uma nação era o trabalho.

Dessa forma, a riqueza de uma nação passava a ser considerada como fruto da soma de todo o trabalho realizado por seus habitantes durante certo período de tempo, independente da atividade predominante. Adam conclui que: 1) há uma divisão natural do trabalho sendo que existem uma complementariedade entre eles. 2) o valor do trabalho é que dá valor de troca a um determinado bem, ou seja,  um produto vale mais ou menos, dependendo da quantidade de trabalho empregado para produzi-lo.

Adam também defendeu a liberdade econômica e na adaptação dos preços através da lei da oferta e da procura. Dessa forma, a economia não deveria haver regulamentação, portanto, não haveria espaço para o protecionismo que se praticava no Mercantilismo, gerando um benefício para os países que se veriam livre de tarifas alfandegárias. 
  • defesa da não intervenção do Estado na economia;
  • o direito à livre-iniciativa em atividades econômicas;
  • o direito o livre-câmbio entre as nações;
  • a crença de que o trabalho é a verdadeira causa da riqueza.

MOSTESQUIEU (1689-1755)


Advogado e filósofo francês, tomou contato com o pensamento de Locke ao visitar a Inglaterra. Em sus obra mais famosa, O Espírito das Leis, Montesquieu propõe que as leis devem refletir  realidade da sociedade para a qual foram regidas. Defende que o poder deve ser contrabalançado pela sua separação em âmbitos distintos, acreditando que as funções de fazer a lei (legislativas), de administrar e de executar a lei (executivas) e de exercer a justiça (judiciais) devem ser ocupadas por órgãos e pessoas diferentes de modo a evitar o abuso e a tirania que caracterizavam o exercício do poder pelos reis franceses. 


VOLTAIRE (1694-1778)

É o maior de todos os filósofos iluministas. Como Montesquieu, Voltaire conheceu a obra de Locke e Newton na Inglaterra e tornou-se um ardente defensor das liberdades e da crença na razão humana a partir daí. A sua maior luta foi contra a tirania e a opressão, representadas pelo Estado Absolutista e pela Igreja Católica. Escreveu as Cartas sobre a nação inglesa, livro no qual exalta a monarquia limitada, a liberdade religiosa e a nova ciência natural como parâmetros da civilização para os demais países europeus. Em seu mundo ideal, o clero, as guerras e a ambição não existiam.


JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)

De origem suíça, completa a tríade de maior destaque dos pensadores iluministas franceses do século XVIII. Influenciado pelas tendências românticas presentes em suas obras, Rousseau reflete como nenhum outro pensador liberal sobre os direitos e a igualdade, escrevendo longamente sobre o assunto no Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1754), no qual ataca a hierarquia social instituída e denuncia a injustiça que existe na sociedade.

Em O Contrato social, Rousseau avança nas reflexões sobre o tema das desigualdades e descreve a necessidade de se estabelecer um contrato político entre o poder e a sociedade como forma de garantir os direitos dos homens. Rousseau defendeu a tese da bondade natural do homem, que é corrompido pela civilização, concebendo o bom selvagem. Na obra de 1754, ele defende que a propriedade é a origem da desigualdade e responsável pela miséria humana. Coerente com essa posição, ele é o único dos principais nomes do Iluminismo a defender o voto universal.

Fonte: Editora Soma, Sistema de Ensino Poliedro

domingo, 10 de julho de 2016

Análise de filmes - Homo Sapiens 1900

No documentário do diretor sueco Peter Cohen, lançado em 1998, vemos uma abordagem sobre temas que marcaram a virada do século XIX para o XX, entre eles, a Eugenia e higiene racial.

Para grandes nações como os Estados Unidos, Alemanha, Suécia e União Soviética, o progresso da sociedade ainda não havia sido alcançado devido à existência de camadas inferiores da população que eram responsáveis por altas taxas de procriação ao redor do mundo, e, para que esse sentido de progresso fosse estabelecido, era necessário medidas que selecionassem a espécie humana em busca de um padrão idealizado dos seres humanos.

A Eugenia ''positiva'' era aquela que incentivava as camadas superiores da sociedade a procriarem e aumentar o número de descendentes qualificados, enquanto a Eugenia "negativa" resultava na morte dos indivíduos que nascessem com alguma deformidade ou não encaixasse nos modelos estabelecidos. 

Com as teorias de Gregor Mendel em ascensão, houve um intenso embate entre aqueles que se apoiavam no mendelismo e os lamarckistas. Apesar dos estudos de Mendel terem sido reconhecidas somente após sua morte, a Lei da transmissão dos caracteres através da hereditariedade não foi bem aceita pelos adeptos de Lamarck, que acreditavam fielmente na Lei da transmissão dos caracteres adquiridos e a influência do meio sobre o indivíduo. Hoje, sabemos que Lamarck estava errado.

O avanço da genética foi considerado apenas um estudo de apoio na época, enquanto a Eugenia e higiene racial representavam o ciência principal e se espalhavam nas grandes nações. Na União Soviética, o cérebro de Lênin foi retirado de seu corpo assim que o político veio a falecer. Os russos queriam entender mais sobre a inteligência de grandes ícones de seus país e ainda criar uma árvore genealógica que moldasse ao longo dos anos as novas gerações no novo modelo de civilização soviética.

Nos Estados Unidos, aproximadamente 20 estados decretaram a Lei de esterilização de bebês doentes ou deformados, com a finalidade de eliminar aqueles que representariam o atraso da sociedade da época. Já na Alemanha, os estudos de Eugenia duraram anos e foram disseminadas fortemente durante a chegada de Hitler ao poder e o desejo de selecionar raças ''puras'' e cultuar o padrão idealizado do corpo do cidadão alemão, inspirado nas esculturas greco-romanas. Para eles, o trabalho também é responsável pela desconfiguração do corpo ideal, sendo assim todos deveriam se espelhar na civilização da Grécia antiga.

Todo esse cientificismo no início do século XX foi responsável por mais de 100 mil mortes em média por países adeptos das higiene racial e a acentuação das práticas racistas e intolerantes contra negros e imigrantes que eram considerados raças impuras e primitivas. A genética e a Eugenia foram abolidas da União Soviética no período governado por Stálin, sendo a Segunda Guerra Mundial o ápice do genocídio em massa de etnias e classes sociais que não se encaixavam nos parâmetros estabelecidos pela Eugenia.



terça-feira, 5 de julho de 2016

Especial Literatura : Machado de Assis


Um arquiteto de personalidades:
A obra de machado de Assis não nasceu pronta, isto é, seus primeiros escritos não têm a força e a beleza das obras produzidas mais tarde, depois de muito esforço e dedicação. Afinal, escrever é um ofício que não depende de inspiração, ou melhor, que dela depende só até certo ponto.

Seus primeiros livros foram seus primeiros passos literários. A transformação aconteceu por volta de 1881, quando Machado publicou o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e os contos Papeis Avulsos. Mas transformação por quê?

Os romances e contos machadianos anteriores à década de 80 têm ainda algum parentesco com a literatura romântica, especialmente com os romances de José de Alencar, o autor de Senhora. São casos de amor contrariado, conflitos abafados pelas quatro paredes do lar, que de forma alguma poderiam perturbar a ordem social e familiar dos leitores da época, todos membros da nossa pacata e provinciana burguesia carioca.

Os primeiros romances são histórias simples, onde interesses conflitantes originam impasses: orgulho versus amor, ambição versus piedade e assim por diante. Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia - romances dessa primeira fase machadiana - são aparentemente inofensivos; prestam-se a uma leitura superficial, o passatempo preferido do públicos feminino daquela época.


O segredos das personagens:

O algo a mais, a pitada de tempero que Machado acrescenta à receita romântica é que ele já começa, desde então, a criar personagens de muita força e fazê-las viver as contradições da sociedade brasileira de seu tempo. É como se, desde o início de sua carreira de escritor, Machado se interessasse muito mais pelas razões sociais e particulares que levam as pessoas a agirem de uma certa maneira, do que pela ação propriamente dita.

Em seus romance iniciais, portanto, Machado desmascara o mundo cor-de-rosa sugerido pelo romance romântico, onde o casamento era cura para todos os males e fiador da ordem social. Ao contrário, Machado vê o casamento como uma espécie de comércio ou, pelo menos, uma troca de favores.

Decididamente, o romance e os contos de Machado, anteriores a 1880, escurecem os tons claros do romance romântico, sem vestir o rubro da denúncia realista. São romances cinzentos, de casinhos miúdos, como miúda e cinzenta era a vida brasileira na época.

Machado dos anos 80:

Nas obras que escreveu depois de 1880, Machado era outro, ou melhor, era o mesmo de antes, só que mais desenvolvido e maduro. Este Machado maduro passou a escrever para leitores também maduros. Como antes, as obras desta fase não arrastam seus leitores por aventuras emocionantes, não bisbilhotam a vida de pessoas ilustres, nem dão maior realce à vida sentimental das personagens. Na da disso. A partir de 1881, Machado continua a cuidar, em suas obras, de casinhos miúdos, aparentemente desimportantes, vividos por pessoas comuns. Mas algo diferente já há...

Estas pessoas comuns que encontramos nas primeiras folhas dos romances machadianos tornam-se absolutamente extraordinárias quando acabamos a leitura e fechamos o livro. O que as torna especiais e extraordinárias? A forma pela qual Machado as constrói: devagarzinho, na frente de nossos olhos, frisando um gesto, um jeito especial de falar, uma ação esboçada mas não concluída. Ao fim da leitura, vemos na personagem e sentimos nela também o homem brasileiro do Segundo Império e da Primeira República. A personagem machadiana é o homem  de sempre.


Radiografia de uma sociedade desenganada:

Criando suas personagens, Machado nada lhes perdoa: as mesquinharias pequenas e grandes; as indecisões; o oportunismo disfarçado; a falsa devoção; e a moral de fachada. Machado é implacável e irônico, não ocultando seu desencanto e, talvez, desencantando o leitor. Não com o livro, mas com a vida. 

Machado desnuda as falsas virtudes, os interesses escuros, a caridade ostensiva, tudo, enfim, que constitui o avesso de uma vida socialmente  digna e respeitável. Machado narra suas histórias, é cético quanto à sociedade brasileira e quanto à natureza humana.

Em resumo, a ironia com que Machado contempla o mundo de seus romances e contos desta segunda fase cumpre ainda outra função: é eficientíssima como postura literária, identificando um contador de casos que sabe tomar distância do que conta, e que sabe, também, manter o leitor a distância. Afinal, é necessário um certo afastamento do objeto para que se possa ter um ângulo de visão mais abrangente. Nada de envolvimentos, nada de parcialismos.

O Rio de Janeiro é o mundo:

As personagens de Machado são profundamente brasileiras, mas seus traços de brasilidade não se identificam aos traços que a tradição literária romântica nos ensinou a considerar brasileiros, como por exemplo o índio corajoso e exótico, ou o sertanejo folclórico e pitoresco. Não. A brasilidade de Machado de Assis evita falar de índios coloridos e tipos regionais.

A brasilidade de Machado consiste, assim, na fidelidade com que o romancista traz para seus romances todo o ambiente da sociedade urbana brasileira, miniaturizada nos salões e grupos humanos do Segundo Império e dos primeiros anos da República. Machado recria, em seus romances, o mundo carioca (e brasileiro) de uma sociedade arcaica, cujos hábitos antigos e cerimoniosos e cujas atividades convencionais dissimulavam, na boa educação e nos modos polidos, toda a violência de uma sociedade escravocrata, onde o apadrinhamento e o "jeitinho" brasileiro solucionavam, sempre que necessário, as situações geradas por uma estrutura social assentada nos privilégios e numa divisão desigual dos bens. 

Machado, em seus melhores momentos, reflete esta sociedade dura e desapiedada, preconceituosa quanto à cor e posição social, sem nenhuma tradição política - os dois primeiros partidos políticos daquela época, por exemplo, embora se chamassem Conservador e Liberal, cumpriam a mesma função: sustentar o regime, o governo, o Estado. Mesmo a República, a cuja proclamação assistimos em Esaú e Jacó e Memorial de Aires, é vista, aos olhos de Machado, como simples mudança de fachada, pois os alicerces do tempo do Império continuam os mesmos. Nesse sentido, Machado é profundamente  brasileiro, pois conta nas suas obras a verdadeira realidade, desmistificando nossa fama de povo democrático e não-violento.

OBRAS:

Romances: 

  • Ressurreição (1872)
  • A Mão e Luva (1874)
  • Helena (1876)
  • Iaiá Garcia (1878)
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
  • Quincas Borba (1891)
  • Dom Casmurro (1899)
  • Esaú e Jacó (1904)
  • Memorial de Aires (1908)
Contos: 
  • Contos Fluminenses (1869)
  • Histórias da Meia-Noite (1873)
  • Papeis Avulsos (1882)
  • Histórias sem Data (1884)
  • Várias Histórias (1896)



Fonte: Literatura comentada - Machado de Assis; editora Nova Cultural; Canal Instrução digital 

sábado, 2 de julho de 2016

PORTUGUÊS - Principais gêneros narrativos

CRÔNICA

Trata-se de uma narrativa curta, no cotidiano. A maioria das crônicas narrativas apresenta um só núcleo de ação, um só tempo e um só espaço. São fatos do cotidiano narrados em uma linguagem compatível. São comuns os desvios de norma, tal procedimento procura dar mais veracidade à história (verossimilhança). As crônicas também podem ser dissertativas, vide boa parte das crônicas jornalísticas. 

CONTO

O conto é uma narrativa em que há um só conflito, um só drama, uma só ação: unidade de ação. Todos os componentes da história estão concentrados em uma única direção, ao redor de um só drama.

NOVELA

Por oposição ao conto, a novela possui várias células dramáticas, os conflitos se relacionam.

ROMANCE

Na novela, o jogo das ações não é ambíguo, cada gesto guarda um único significado, a estrutura é fechada. No romance, a estrutura é aberta em todas as direções da realidade exterior, enquanto a novela minimiza a diversidade, o romance procura enfatizá-la. Se na novela temos uma sucessividade dramática, no romance há simultaneidade.

FÁBULA

A fábula é uma narrativa breve, as personagens são animais que, na verdade, representam os homens; a finalidade é transmitir uma lição moral. Faz-se uso da personificação.

EPOPEIA

A epopeia é uma narrativa extensa, composta em versos, destacando as ações do herói ou as aventuras de um povo; é o caso de Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisseia, de Homero. A estrutura é dividida em preposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo.

Fonte: Sistema de Ensino Poliedro