quinta-feira, 30 de junho de 2016

LITERATURA - Realismo (Início // Características Gerais)

O Realismo e o Naturalismo, cujas origens centram-se na França, formam as correntes artísticas mais significativas da segunda metade do século XIX. 

As primeiras manifestações de contorno realista datam de 1850 e 1853. O pintor francês Gustave Coubert expôs telas que escandalizaram os parisienses, Enterro em Ornans e As banhistas, 'realistas demais', chocantes porque imitavam a vida. Em 1855, algumas telas de Coubert foram terminantemente recusadas pela Exposição Universal de Paris. Em protesto à recusa, o pintor realizou uma exposição com o título genérico de O Realismo.  

Enterro em Ornans - Gustave Coubert

Na literatura, 1857 é um marco importante: o escritor Gustave Flaubert publica Madame Bovary, símbolo do Realismo na França, e no qual faz uma impiedosa análise de uma mulher burguesa, cuja vida é destruída por sonhos românticos.

As banhistas - Gustave Coubert
O Realismo se opõe ao espiritualismo e ao idealismo da escola romântica. Tudo que é importante para o romântico - o que signifique transcendência, estados da alma e busca da religião - perde o significado. 

O Realismo-Naturalismo possui um contexto sociopolítico, científico e filosófico bem determinado: insere-se em uma época em que predominam a Ciência, a Razão e o Progresso. Palavras de ordem dessa nova época.

Contexto histórico-cultural

  1. O Positivismo de Auguste Comte.
  2. O Evolucionismo de Charles Darwin: Publicação do livro A Origem das Espécies, em 1859. 
  3. O pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, que, embora valorize a ciência, acredita que o ser humana é uma criatura mesquinha, destinada ao sofrimento e à dor.
  4. Os fundamentos socialistas de Marx e Engels começam a ser aceitos como ideias claras de um novo tempo, significando saídas políticas de ímpeto revolucionário e transformador.
As respigadoras - Jean-François Millet
Todo esse ambiente materialista remete à segunda metade do século XIX, a um tempo de profundas transformações, levando-se em conta os desdobramentos da chamada civilização industrial: as cidade sofrem veloz expansão, aparecem os trabalhadores proletários e a classe dominante substitui, aos poucos, seu ímpeto revolucionário e libertador por impulsos reflexivos, observação, análise, disciplina e sistematização de conceitos.

Os quebradores de pedra - Gustave Coubert
É dessa forma que as noções de Deus, transcendência, alma, religião - fundamentais para  época romântica - são deixadas em segundo plano e substituídas pela empiria (doutrina que admite que o conhecimento provém unicamente da experiência), pelo anticlericalismo contundente e pelas críticas ao Cristianismo, que paralisa as atividades do homem, ou coíbe seu progresso.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REALISMO


  • Denúncia social: para o realista, a arte deveria refletir a sociedade, e a literatura deveria ser ''arma de combate, de reforma e ação social''.
  • Objetivismo: preocupação primeira com a verdade, tendo por apoio a análise e a observação.
  • Temas contemporâneos: toda a ficção realista tem como fundamento a crítica social (contra o clero, a burguesia e o Capitalismo) e a análise psicológica (caminho difícil para analisar as causas de todas as ações humanas).
  • Descritivismo: valoriza o meio e suas influências sobre os indivíduos, e à medida que observa, analisa e documenta, precisa acumular detalhes do mundo físico e psicológico, fazendo a obra literária ganhar vida e aproximar-se da realidade, ser seu espelho.
  • Anticlericalismo: criticavam a postura conservadora da Igreja que se ligava ao poder dos Estados monárquicos. Criticavam a hipocrisia moral, o conservadorismo ideológico e seu atrelamento a um poder em crise. Eram, portanto, obstinadamente anticlericais obras como O primo Basílio (Eça de Queirós) e O mulato (Aluísio Azevedo)
  • Contenção emocional: os prosadores deste período pretendem uma suposta "posição neutra" diante do relato literário que concretizam. Busca de explicações lógicas, racionais para seus personagens
  • Herói ausente: As personagens são geralmente esféricas. Tais personagens surpreendem o leitor ao fim da narrativa. Diferente do Romantismo que possui heróis bondosos, perfeitos e fiéis (íntegros), na prosa realista, as personagens estão mais próximas dos seres humanos: evoluem e têm profundidade psicológica.

Fonte: Sistema de Ensino Poliedro

terça-feira, 28 de junho de 2016

AS FÉRIAS ESTÃO CHEGANDO...

Férias!?

Confiram as dicas do Coordenador Pequê do Pré-Vestibular Poliedro de São Paulo e sigam com atenção! 


domingo, 26 de junho de 2016

SOCIOLOGIA #2 - AUGUSTE COMTE

Comte nasceu em Montepellier em 1798. Viveu sua infância na França (então dominada por Napoleão Bonaparte) e assistiu à entrada de seu país na era da industrialização. Foi o primeiro nome da Sociologia Clássica, definindo uma metodologia de investigação para os fenômenos sociais. À ciência que denominamos Sociologia, Comte chamou de Física Social. Entre 1830 e 1842, publicou sua primeira grande obra, Curso de filosofia positiva.

Comte inaugurou a corrente Positivista (positivo: o que é seguro e posto, estabelecido ou reconhecido como um fato. Realidade efetiva. Aquilo que pode ser provado por meio da ciência). Certo e seguro seria o estudo baseado nos rigores científicos e no poder absoluto do que se entendia por razão, em detrimento das explicações teológicas e sobrenaturais da realidade, características da escola literária Romantismo.

Com a inauguração da Revolução Industrial no século XVIII, ciência e técnica aliaram-se, trazendo a concepção cientificista (ciência como único conhecimento admissível). Dentro desse contexto, Auguste Comte formulou a teses de que o espírito humano teria três processos históricos diferentes: o teológico, o metafísico e, finalmente, o positivo

No teológico, as explicações viriam a partir do sobrenatural (religião); no metafísico, viriam das ideias e reflexões abstratas que procuravam explicar a origem da vida e do universo em si (filósofos); no positivo, graças à maturidade espiritual humana, as respostas seriam obtidas única e exclusivamente pelas ciências, ou seja, pela razão. Dentro do racionalismo privilegiado pelos positivistas, a ciência seria o único conhecimento possível e seu método, o único válido para entender todas as atividades humanas. De acordo com essa ideia, Comte procurou explicar as relações sociais tomando os modelos da biologia (a sociedade como um organismo coletivo).


Obviamente, a contribuição de Comte para o desenvolvimento da "ciência tecnológica" é notável, mesmo tendo sido criticado pela perspectiva meramente objetiva desse pensamento, excluindo, por conseguinte, todas as manifestações subjetivas. É notória sua influência naquele que é considerado o primeiro pensador sociológico, por excelência, Émile Durkeim. Destaque-se, ainda, no pensamento de Augusto Comte:

  • Concepção do termo "Sociologia" como análise objetiva dos acontecimentos sob ponto de vista "positivo", ou seja, submisso às leis naturais.
  • Ênfase na ORDEM  e no PROGRESSO como fundamentos de uma sociedade necessariamente positiva.
  • Abandono do pensamento metafísico-religioso e adotou a perspectiva do que denominou "religião positiva", fundada nos ideias científicos e no próprio rigor científicos.
  • Defesa das instâncias científicas em todas as modalidades de pensamento humano, a fim de garantir um resultado claro e confiável, sem as interferências da perspectiva subjetiva.


CURIOSIDADE: O lema da bandeira brasileira foi inspirado na fórmula positiva: "L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but'' (O amor como princípio e a ordem como base; o pregresso como meta).



Fonte: Sistema de Ensino Poliedro, Editora Soma, Canal Sistema de Ensino Poliedro.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

HISTÓRIA: Primeiro Reinado -( Resumo prático - Parte 2 )-

A primeira reação à Constituição outorgada aconteceu em Pernambuco, já em 1824. Foco previsível de insatisfações devido às atividades revolucionárias em 1817 (Revolução Pernambucana).

A Confederação do Equador (Pernambuco, 1824)

A - A situação em Pernambuco.
  1. A crise econômica
  2. A presença de ideais liberais
  3. A manutenção dos interesses portugueses.
  4. O Descontentamento com os episódios de 1823/1824
B - O movimento.
  1. A tomada do poder na província de Pernambuco.
  2. O alastramento pelo Nordeste: províncias do Ceará, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte.
  3. A formação de um Governo Provisório: (caráter republicano e federativo (inspirado no modelo dos estados Unidos).
  4. A violenta repressão.
  5. Desejo de autonomia regional.
  6. Movimento liderado pelo Frei Caneca.

A política externa de d. Pedro I.

A - O reconhecimento da independência
  1. Estados Unidos: a Doutrina Monroe. Tal política visava colocar as jovens nações da América Latina na órbita do capitalismo norte-americana, usando a luta anticolonial como bandeira que mascarava seus reais propósitos econômicos.
  2. Inglaterra: renovação dos tratados de 1810.
  3. Portugal: pagamento de uma dívida de 2 milhões de libras para a Inglaterra.
B - A Guerra da Cisplatina
  1. A luta da Cisplatina pela Independência.
  2. O apoio argentino: envio de tropas brasileiras para a região.
  3. A mediação inglesa.
  4. A independência: República Oriental do Uruguai.

As lutas internas e a abdicação

  • A edificação do novo Estado fazia-se em um momento em que toda a atividade econômica brasileira encontrava-se em decadência. O início do século XIX é um período no qual as atividade econômicas que historicamente haviam alavancado a economia colonial encontravam-se enfraquecidas.
  • Os gastos desmedidos com a repressão à Confederação do Equador e com a guerra da independência da Cisplatina, bem como os dois milhões de libras que d. Pedro I havia assumido como dívida em troca do reconhecimento da independência brasileira por Portugal, além dos gastos naturais da montagem do aparelho de Estado, todos esses elementos levaram as finanças do Império a uma bancarrota tal que o banco do Brasil teve sua falência em 1829.
  1. Crescimento da oposição;
  2. Críticas associavam-no a uma postura absolutista e algumas vezes despótica;
  3. Denúncias na imprensa (Líbero Badaró) e manifestações públicas;
  4. A aproximação do imperador com os comerciantes portugueses e  formação do "Partido Português";
  5. A oposição a D. Pedro I se organizou no "Partido Brasileiro"
  6. O liberalismo volta a ser grande bandeira política no plano internacional. No Brasil, isso teve por efeito deslocar o foco maios das críticas a d. Pedro I para seu autoritarismo. Assim, seus opositores assumem a denominação de Partido Liberal;
  7. Agravamento da tensão política como o assassinato de Líbero Badaró, seu principal opositor, resultando em manifestações de repúdio ao fato, até mesmo quando o imperador viajou para Ouro Preto.
  8. A "Noite das Garrafadas". Lita entre "brasileiros" e "portugueses";
  9. Abdicação de d. Pedro I com o pretexto de assumir o trono português.

Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho o Senhor d. Pedro de Alcântara. 
Carta de d. Pedro I abdicando do trono

Abdicação do trono

Fonte: Sistema de Ensino Poliedro, Canal das Videoaulas

HISTÓRIA: Primeiro Reinado -( Resumo prático - Parte 1 )-

Nesse resumo vamos falar da formação do Estado brasileiro. O fundamental é perceber que o caráter elitista da independência esteve presente no modelo de Estado que a aristocracia brasileira buscou criar e como d. Pedro frustrou esse projeto ao concentrar o poder em suas mãos.

É importante ficar atendo, basicamente, às diferenças entre o projeto constitucional de 1823 e a Constituição imposta por d. Pedro em 1824; e também como se manifestou a reação da aristocracia brasileira, tanto na Confederação do Equador quanto na própria luta política que levou à queda de d. Pedro I.

Ainda é importante perceber, para caracterizar d. Pedro como um claro defensor de interesses portugueses, as negociações para o reconhecimento da independência do Brasil por Portugal. Essa questão será importante para explicar parte da luta pela independência, de acordo com os seguintes itens: 
  • O projeto constitucional de 1823 (Constituição da Mandioca)
  • A Constituição de 1824
  • A reação de elites locais: a Confederação do Equador
  • As negociações para o reconhecimento da Independência do Brasil
  • A Guerra da Cisplatina
A MONTAGEM DO ESTADO:

A - A Assembleia Constituinte de 1823
  1. Predomínio da elite agrária
  2. O anteprojeto de Constituição:
  • a Constituição da Mandioca;
  • o elitismo: voto censitário (por renda) e indireto;
  • a autonomia provincial;
  • a redução dos poderes do imperador;
  • o antilusitanismo.
B - A reação de d. Pedro I.
  1. O fechamento da Constituinte
  • a "Noite da Agonia".
   2. A Constituição de 1824:
  • OUTORGADA: elaborada por um Conselho de Estado;
  • rígida CENTRALIZAÇÃO: AUSÊNCIA DE AUTONOMIA DAS PROVÍNCIAS;
  • o autoritarismo: presença do PODER MODERADOR.
  • preservação dos interesses portugueses.

Fonte: Sistema de Ensino Poliedro, Canal das Videaoaulas

terça-feira, 21 de junho de 2016

GEOGRAFIA : Transportes -( Parte 2 )-

TRANSPORTE FERROVIÁRIO: 

O sistema ferroviário brasileiro começou a ser implantado em 1854, quando o Barão de Mauá inaugurou a primeira ferrovia ligando a Baía de Guanabara a Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Por muitas décadas, a vinculação da produção de café às ferrovias era evidente, principalmente em São Paulo, onde surgiram várias ferrovias para servir à economia cafeeira, em franco desenvolvimento nesse estado no período de 1850 a 1930, que corresponde ao seu período áureo no país.

O transporte ferroviário é o segundo mais barato para médias e longas distâncias, atrás apenas do hidroviário. As ferrovias reduzem significativamente, o custo do frete, o que, em alguns setores, pode ser decisivo, pois os produtos se tornam mais competitivos. No caso do minério de ferro, o custo do transporte chega a quase metade do preço do produto. 



TRANSPORTE AQUÁTICO:

Esse model é compreendido pelos transportes hidroviários, aquaviário ou aquático. Utiliza como vias de passagem os mares abertos, os mares fechados, os lagos e os rios para o deslocamento de cargas e passageiros. É o mais utilizado para transportar grandes quantidades de mercadorias a longas distâncias, por isso, é fundamental para as relações comerciais entre continentes. Os portos constituem as ''portas'' de comunicação entre os continentes e o restante do mundo, pois é através deles que se efetua a maior parte das relações estabelecidas no comércio internacional.

Canal do Panamá
Esse meio apresenta algumas desvantagens devido à sua lentidão e à necessidade de integração (mudança das mercadorias para outros meios de transporte que as conduzam aos lugares de destino). A navegação dos rios, por exemplo, é muito dependente das condições físicas: existências de regiões mais ou menos planas, débito do rio (quantidade de água que passa um determinado local do rio em dado momento) e extensão dos rios. 

Rota das Grandes Navegações
O transporte marítimo de passageiros teve um papel determinante nas viagens intercontinentais do passado. Esse modal detém, atualmente, uma reduzida importância, uma vez que foi substituído principalmente pelo transporte aéreo, mais cômodo e mais rápido.

Principais rotas comerciais modernas
Apesar do Brasil reunir as características físicas naturais e de representar um baixo custo, esse meio de transporte é responsável por apenas um pequeno percentual do total de carga transportada no país. Além disso, o sistema marítimo brasileiro que possui grande potencial para desenvolvimento, constitui um dos gargalos de nossa economia. São muitos problemas que dificultam o desenvolvimento da marinha mercante, entre os quais:
  • embarcações velhas, em média com mais de 40 anos de uso;
  • ineficiência e deficiências das instalações portuárias;
  • problemas tarifários, grande burocracia;
  • desorganização administrativa.
Engarrafamento de navios cargueiros em cais brasileiros

Dentre os países dos BRICS, o Brasil é aquele que possui o pior índice em qualidade de portos e ferrovias
Análise do modal aquaviário: 


Fonte: Sistema de Ensino Bernoulli

terça-feira, 14 de junho de 2016

GEOGRAFIA: Transportes -( Parte 1 )-

Nos dias atuais, é possível afirmar que o desenvolvimento econômico e social de qualquer território depende da intensidade, da densidade e da qualidade de vida da sua rede de transportes, isto é, de sua matriz de transportes. 

Essa matriz corresponde ao conjunto dos principais modais de transportes de um país utilizados para transportar mercadorias e pessoas. Com adequação e planejamento estratégico correto chega-se a uma matriz ideal, que é aquela que permite o deslocamento no menor tempo e com preços melhores, tornando os produtos ou serviços mais competitivos.

A matriz de transportes do Brasil é considerada inadequada, tornando-se, por isso, ineficiente. Considerando-se as dimensões territoriais do país, o grande volume de commodities transportados e o alto custo de manutenção do transporte rodoviário, conclui-se que, para o Brasil, a melhor opção de transporte seria privilegiar o sistema ferroviário e o aquaviário, bem mais baratos e capazes de transportar mais produtos e com menos índice de poluição.


A melhor matriz para um país deve considerar as distâncias a serem percorridas e as necessidades econômicas, coordenando os mais importantes modais de transportes: o aéreo, mais caro; o rodoviário, com custos intermediários; o ferroviário, que apresenta custos bem menores; sem descartar o hidroviário e o uso dos sistemas dutoviários.

Para exemplificar os malefícios de se utilizar uma matriz de transportes inadequada e desequilibrada, podemos tomar o elevado custo dos transportes no Brasil. Esse custo não interfere apenas nas exportações, mas também é repassado ao consumidor final. Com custos elevados, entra a lógica do mercado: com preços maiores, vende-se menos, ao diminuir o consumo, o comércio demite, a indústria corta a produção e também demite, assim, cai a produção de matéria-prima, que será cada vez menos necessária. Mas, no final das contas, o setor que mais perde é o próprio setor de transportes, já que, sem venda, não há produção de bens ou de matéria-prima, reduzindo os produtos que serão transportados. 


TRANSPORTE RODOVIÁRIO:

Detém o primeiro lugar no deslocamento de mercadorias e de pessoas. O automóvel é o meio de transporte individual que, de maneira geral, permite maior autonomia e mobilidade. Apesar das vantagens do transporte rodoviários, este apresenta alguns inconvenientes, como: 
  • A grande área que as rodovias ocupam.
  • O grande consumo de combustível.
  • Maior poluição ao meio ambiente.
  • Contribui para a acentuação do efeito estufa e para o desgaste das estradas em razão da necessidade constante de reparos.
Retomada histórica >>> No Brasil, as estradas brasileiras ficaram em segundo plano entre 1860-1920, em razão de ter sido essa a época de grande desenvolvimento das ferrovias como forma de ligar as áreas produtoras agrárias aos portos no litoral. Porém, o declínio da ferrovia no país foi decretado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, com a implantação da indústria automobilística no país, na década de 1950. 

Na década de 1970, o transporte rodoviário sofreu um de seus mais duros golpes: as chamadas crises do petróleo, que ocorreram em 1973 e em 1979. Nessa época, o sistema ficou muito abalado, surgindo assim várias pesquisas que visavam a desenvolver novas formas de energia. O petróleo é a matéria prima da principal fonte de energia usada no sistema rodoviário e é também matéria-prima para a fabricação do asfalto que pavimentava as estradas.

Apesar de ser o transporte mais usado no Brasil, o transporte rodoviário é mal servido no que diz respeito à abrangência e à eficiência. Alguns aspectos da ineficiência desse transporte são listados a seguir.
  • excesso de vegetação nos acostamentos;
  • animais na pista;
  • buracos e rachaduras no asfalto;
  • falta de pavimentação;
  • problemas de sinalização
É preciso considerar que a precariedade das rodovias reduz a vida útil das peças dos caminhões, aumenta o tempo de viagem e encarece o frete, elevando, assim, os custos das mercadorias, o que compromete as exportações dos produtos brasileiros. 



Fontes: Sistema de Ensino Bernoulli, Sistema de Ensino Poliedro, Canal Logística Brasil, Canal Edu Gonzaga.

domingo, 12 de junho de 2016

BIOLOGIA: Filo #2 - Cnidários

Os cnidários ou celenterados incluem hidra, água-viva, coral, anêmona, caravela-portuguesa. São exclusivamente aquáticos e predominantemente marinhos.
  • Eucariontes (possuem envoltório nuclear)
  • Pluricelulares (metazoários)
  • Heterótrofos
  • Simetria radial
  • Diblásticos
  • Protostômios (formam apenas um orifício - boca)
  • Formam tecidos

Possuem duas formas básicas: pólipo e medusa.

Pólipo - Têm forma tubular, geralmente sésseis (fixos) e de colorido brilhante. Ex: corais, hidra, anêmona-do-mar.
Corais
Anêmona-do-mar (filme Procurando Nemo)
Movimento das hidras


Medusas - Possuem forma de guarda-chuva. São de natação livre (móveis), com diferentes colorações. Ex: águas-vivas.

Dory toca região das águas-vivas com ausência de cnidócitos


Água-viva Wallpaper Download
Água-viva


Caravela portuguesa











Os celenterados têm o corpo formado por duas camadas de células: epiderme (camada mais externa) e gastroderme. Entre essas duas camadas, fica a mesogleia, material gelatinoso que mantém unidas a epiderme e a gastroderme.


Os cnidários têm células típicas denominadas cnidoblastos, cada uma delas dotada de uma cápsula chamada nematocisto, que contém um líquido urticante e um tubo enrolado em seu interior. Quando o cnidoblasto é estimulado pelo toque ou por algumas substâncias químicas, ocorre a liberação do tubo enrolado, por cuja extremidade é expelido o líquido urticante. Esse líquido é utilizado na defesa e na captura de presas. Em seres humanos pode causar lesões dolorosas na pele ou mesmo a morte, decorrente do envenenamento ou do afogamento da pessoa.


Em alguns celenterados, como os corais, a epiderme secreta um exoesqueleto de calcário e substâncias orgânicas. Em outros, como a água-viva, o corpo é mole, porque não possuem esqueleto de sustentação. 

Nos celenterados, o grau de organização é superior a dos poríferos em vários aspectos.
  1. Há um sistema digestório: Formado por um tubo digestório incompleto que, por sua vez, é constituído pela boca e pela cavidade gastrovascular. O alimento capturado pelos tentáculos é introduzido na cavidade onde, por ação de enzima digestivas produzidas, é parcialmente digerido.
  2. Há um sistema nervoso difuso: Nos celenterados temos a primeira evidência evolutiva de um sistema nervoso. Alguns ocelos (corpúsculos capazes de detectar maior ou menor intensidade de luz) e órgãos de equilíbrio.
  3. Alguns apresentam gônadas: (Ovários e testículos). Nos celenterados temos, então, a primeira ocorrência evolutiva de gônadas (glândulas sexuais).
Sistema respiratório, circulatório e excretor inexistem nos celenterados. A distribuição de nutrientes se faz por difusão entre as diversas células do corpo, assim como as trocas gasosas (O2 e CO2) e a eliminação de excretas nitrogenadas também se faz por simples difusão.

Reprodução: Pode ser assexuada ou sexuada, ocorrendo em certas espécies o fenômeno da metagênese (alternância de gerações)

Assexuada> Divisão binária (bipartição) / brotamento (gemiparidade) ou ainda por estrobilização.



Sexuada> Se faz por fecundação que, dependendo da espécie pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto (hidra) ou indireto, como ocorre em muitas espécies que formam uma larva ciliada conhecida como plânula.


OS CORAIS: (Muito importante!!!)


Questão ENEM - 2014: Parte do gás carbônico da atmosfera é absorvida pela água do mar. O esquema representa reações que ocorrem naturalmente, em equilíbrio, no sistema ambiental marinho. O excesso de dióxido de carbono na atmosfera pode afetar os recifes de corais.

O resultado desse processo nos corais é o(a)
a) seu branqueamento, levando à sua morte e extinção.
b) excesso de fixação de cálcio, provocando calcificação indesejável.
c) menor incorporação de carbono, afetando seu metabolismo energético.
d) estímulo da atividade enzimática, evitando a descalcificação dos esqueletos.
e) dano à estrutura dos esqueletos calcários, diminuindo o tamanho das populações.
Resposta: E
A redução do PH da água do mar danifica o exoesqueleto calcário, reduzindo o tamanho das populações dos cnidários (corais) formadores de recifes.
Revisão básica:


Fontes: Sistema de Ensino Poliedro, Sistema de Ensino Bernoulli, Canal Coral Vivo, Canal Sistema de Ensino Poliedro, Canal Preparação Digital, Canal o Kuadro.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

GEOGRAFIA: Noções de Climatologia -( Parte 1 )-

Para estudarmos os climas do Brasil e do mundo, é necessário, primeiramente, entender o que vem a ser o clima de um lugar. Para cumprir essa tarefa, costuma-se diferenciar o conceito de clima e do tempo, pois, ambos apesar de diferentes, são complementares.

Tempo é o estado geral da atmosfera em um determinado instante. Ex: chuvoso, nublado, ensolarado, entre outros.
 
Clima é a condição predominante de temperatura e umidade. Ex: tropical, semiárido, equatorial, entre outros.

A ATMOSFERA

Podemos definir "atmosfera" como a camada gasosa que envolve nosso planeta; acompanha-o em todos os seus movimentos e possui algumas funções:
  • Filtro: 2/3 dos raios solares são barrados por essa espessa camada gasosa, evitando assim, que os raios nocivos à vida terrestre cheguem à superfície.
  • Proteção: protege a Terra da incidência de corpos estranhos ao ambiente terrestre. Ex: fragmentos de astros.
  • Temperatura: conserva o calor emitido pela Terra durante o dia, à noite, evitando rápido esfriamento. 
Composição química da atmosfera:

Até a altitude de 25 km, a composição química da atmosfera apresenta:

Nitrogênio        78% 
Oxigênio           21%
Outros gases     1%   

Até 22 km, o oxigênio, gás fundamental à vida na Terra, apresenta-se percentualmente constante. A partir dessa altitude, até 80 km, há uma diminuição gradativa. 

A atmosfera e suas camadas:
  • Troposfera - As condições climáticas acontecem na camada inferior da atmosfera, chamada troposfera. A partir do aquecimento dessa camada, podem ocorrer correntes de convecção que se formam devido às condições de temperaturas e de densidades diferentes.
  • Estratosfera - É nessa camada que encontraremos o ozônio que apresenta concentração a, aproximadamente, 22 km acima da superfície terrestre, filtrando os raios ultravioleta oriundos do Sol e, consequentemente, provoca um aumento de temperatura na parte superior desta camada.
  • Mesosfera - Temperaturas abaixo de 100 ºC negativos. A parte inferior é mais quente porque absorve calor da estratosfera.
  • Termosfera - É  a camada mais quente, uma vez que as raras moléculas de ar absorvem a radiação do Sol.
  • Ionosfera - É composta por gases invisíveis, sendo que durante o dia ela chega a 50 km da superfície do planeta, contudo, durante à noite, sem a presença do Sol, ela fica a 500 km da superfície. Esta camada influencia diretamente nas ondas de rádio AM (amplitude modulada).
  • Exosfera - O ar é muito rarefeito e as moléculas de gás ''escapam'' constantemente para o espaço. Por isso é chamada de exosfera (parte externa da atmosfera).

Fontes: Editora Soma, Sistema de Ensino Poliedro.

terça-feira, 7 de junho de 2016

BIOLOGIA: Grandes Reinos - FUNGI

O reino dos fungos é o segundo maior grupo dos seres vivos, suplantado apenas pelos insetos. O maior organismo na Terra, hoje, é um fungo decompositor de raízes que ocupa 600 hectares de floresta de Mount Adams, no Estado de Washington.

Características gerais dos fungos:

  • Eucariontes (possuem envoltório nuclear)
  • Heterótrofos 
  • Aclorofilados (não realizam fotossíntese ou quimiossíntese)
  • Podem ser unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (cogumelos, orelha-de-pau)
  • Muitos se comportam como parasitas.
  • Alguns atuam como decompositores (reciclagem da matéria orgânica)

As células dos fungos têm reserva energética constituída por glicogênio, e sua parede celular é composta por quitina (polissacarídeo nitrogenado também presente no exoesqueleto de artrópodes). 

Os fungos realizam digestão extracorpórea, desprendendo enzimas digestivas para o ambiente, onde é realizada a digestão do alimento. Os produtos da digestão são absorvidos e empregados em seu metabolismo.


HIFAS:

As hifas são estruturas típicas dos fungos pluricelulares, com o aspecto de longos filamentos tubulares. Elas crescem juntas e emaranhadas, constituindo uma massa de filamentos denominada micélio. 

Nos fungos, o micélio pode ficar escondido abaixo da superfície do substrato (nutriente, solo, entre outros), formando um micélio extenso, ou pode aparecer na superfície, caso em que as hifas formam estruturas complexas, denominadas corpos de frutificação, como ocorre nos cogumelos e nas orelhas-de-pau.

ESPOROS:

Os fungos normalmente se reproduzem por esporos, que são células reprodutivas capazes de desenvolver-se em um indivíduo adulto sem que ocorra fusão com outra célula. Os esporos podem ser mitóticos ou meióticos. esse últimos são considerados sexuados, pois, na sua formação, ocorre meiose, com recombinação gênica (fusão de hifas).

Classificação dos fungos:

Zigomicetos: (não formam corpo de frutificação)

Principais representantes:
Rhizopus - Desenvolvem-se sobre pães, bolos e biscoitos envelhecidos, frutas, flores e sementes, causando podridão mole.
Glomus - Associam-se com raízes dos vegetais (micorrizas) - mutualismo

Processo de reprodução assexuada dos zigomicetos


Ascomicetos: (formam corpo de frutificação) - São economicamente importantes, pois estragam nossos alimentos, atacam as frutas, muitos são comestíveis e outros utilizados na fermentação de bebidas.

Principais representantes:
Penincilium notatum - obtenção do antibiótico penincilina. Foi descoberto por Alexander Fleming em 1929, causa o bolor verde da laranja.
Sacharomyces cerevisae - lêvedo ou levedura. Utilizado na fermentação dos pães como fermento biológico, na indústria de bebidas alcoólicas.
Tuber - trufa.

Trufas
Penicillium
Basidiomicetos: (formam corpo de frutificação) - Suas estruturas são conhecidas como chapéu-de-sapo ou guarda-chuva. Formam esporos.
Orelha-de-pau

Principais representantes: (Cogumelos, orelhas-de-pau)
Amanita phalloides - Extremamente venenoso
Agaricus campestris - Comestível, conhecido como champingnon
Polyporus - Orelha-de-pau: decompositor de cercas
Lentinula - Shiitake (comestível)
 
Shiitake
Amanita
  










Deuteromicetos: São os fungos que não foram classificados em nenhuma das classes existentes. É uma área de espera para as espécies cuja posição taxonômica ainda está para ser resolvida. Atualmente, cerca de 15 mil espécies estão nesta classe. São encontradas nos mais variados ambientes, existindo espécies parasitas, e decompositoras.

Principais representantes:
Candida albicans - causador da candidíase ou sapinho, micose de mucosas (boca, vagina). A infecção pela cândida é muito comum quando há uma diminuição da imunidade como em mulheres grávidas e em recém-nascidos portadores do vírus HIV-AIDS. Seus esporos, quando inalados, podem atingir os pulmões, causando lesões graves.

Dermatrófitos - causadores da micose, pé-de-atleta.

Trichoderma - é comum nos solos. produz enzimas que degradam a celulose e é utilizado pelas indústrias de confecções para dar aos jeans stone-washed o aspecto de lavado; as mesmas são adicionadas aos detergentes para ajudar na remoção de manchas.

IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS

Indústria alimentícia: Vários tipos de cogumelos ricos em vitaminas do complexo B, sais minerais e proteínas, queijos Roquefort, Gorgonzola, fermentação de pães, produção de glicerina, vitamina C, amilases.

Indústria farmacêutica: Obtenção de inúmeras drogas alucinógenas, alergênicas e antibióticos.

Indústria de bebidas alcoólicas: Leveduras são utilizadas na fabricação de cervejas, vinhos, aguardentes.

Decompositores: Os compostos de nitrogênio e de carbono, além de outros que que eles liberam a partir de organismos mortos, contribuem significativamente para a reciclagem de substâncias nos ecossistemas.

Mutualísticos: Realizam relações de mutualismo com certas algas para a formação dos liquens e se associam com as raízes de várias plantas - as micorrizas. Os fungos, através da decomposição, aumentam o teor de nutrientes inorgânicos  no solo para os vegetais e, em contrapartida, as plantas lhe fornecem matéria orgânica.

Patogenicidade: Provocam várias doenças nos seres humanos, como a candidíase ou sapinho, frieiras, entre outros (relevantes para estudo de nível superior). Nas plantas, as verrugas em batatas; ferrugem do café, carvão do milho, esporão do centeio.
Carvão do milho
Ferrugem do café 
          
Esporão do centeio

Micoses superficiais > atingem apenas os tecidos queratinizados da pele, os cabelos e as unhas.

Micoses subcutâneas> afetam as camadas da pela abaixo do tecido queratinizado, podendo se disseminar para os vasos linfáticos.

Micoses sistêmicas > afetam os órgãos internos, causando lesões significativas.



Fontes: Editora Soma, Sistema de Ensino Poliedro, Sistema de Ensino Bernoulli