Nos dias atuais, é possível afirmar que o desenvolvimento econômico e social de qualquer território depende da intensidade, da densidade e da qualidade de vida da sua rede de transportes, isto é, de sua matriz de transportes.
Essa matriz corresponde ao conjunto dos principais modais de transportes de um país utilizados para transportar mercadorias e pessoas. Com adequação e planejamento estratégico correto chega-se a uma matriz ideal, que é aquela que permite o deslocamento no menor tempo e com preços melhores, tornando os produtos ou serviços mais competitivos.
A matriz de transportes do Brasil é considerada inadequada, tornando-se, por isso, ineficiente. Considerando-se as dimensões territoriais do país, o grande volume de commodities transportados e o alto custo de manutenção do transporte rodoviário, conclui-se que, para o Brasil, a melhor opção de transporte seria privilegiar o sistema ferroviário e o aquaviário, bem mais baratos e capazes de transportar mais produtos e com menos índice de poluição.
A melhor matriz para um país deve considerar as distâncias a serem percorridas e as necessidades econômicas, coordenando os mais importantes modais de transportes: o aéreo, mais caro; o rodoviário, com custos intermediários; o ferroviário, que apresenta custos bem menores; sem descartar o hidroviário e o uso dos sistemas dutoviários.
Para exemplificar os malefícios de se utilizar uma matriz de transportes inadequada e desequilibrada, podemos tomar o elevado custo dos transportes no Brasil. Esse custo não interfere apenas nas exportações, mas também é repassado ao consumidor final. Com custos elevados, entra a lógica do mercado: com preços maiores, vende-se menos, ao diminuir o consumo, o comércio demite, a indústria corta a produção e também demite, assim, cai a produção de matéria-prima, que será cada vez menos necessária. Mas, no final das contas, o setor que mais perde é o próprio setor de transportes, já que, sem venda, não há produção de bens ou de matéria-prima, reduzindo os produtos que serão transportados.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
Detém o primeiro lugar no deslocamento de mercadorias e de pessoas. O automóvel é o meio de transporte individual que, de maneira geral, permite maior autonomia e mobilidade. Apesar das vantagens do transporte rodoviários, este apresenta alguns inconvenientes, como:
- A grande área que as rodovias ocupam.
- O grande consumo de combustível.
- Maior poluição ao meio ambiente.
- Contribui para a acentuação do efeito estufa e para o desgaste das estradas em razão da necessidade constante de reparos.
Retomada histórica >>> No Brasil, as estradas brasileiras ficaram em segundo plano entre 1860-1920, em razão de ter sido essa a época de grande desenvolvimento das ferrovias como forma de ligar as áreas produtoras agrárias aos portos no litoral. Porém, o declínio da ferrovia no país foi decretado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, com a implantação da indústria automobilística no país, na década de 1950.
Na década de 1970, o transporte rodoviário sofreu um de seus mais duros golpes: as chamadas crises do petróleo, que ocorreram em 1973 e em 1979. Nessa época, o sistema ficou muito abalado, surgindo assim várias pesquisas que visavam a desenvolver novas formas de energia. O petróleo é a matéria prima da principal fonte de energia usada no sistema rodoviário e é também matéria-prima para a fabricação do asfalto que pavimentava as estradas.
Apesar de ser o transporte mais usado no Brasil, o transporte rodoviário é mal servido no que diz respeito à abrangência e à eficiência. Alguns aspectos da ineficiência desse transporte são listados a seguir.
- excesso de vegetação nos acostamentos;
- animais na pista;
- buracos e rachaduras no asfalto;
- falta de pavimentação;
- problemas de sinalização
É preciso considerar que a precariedade das rodovias reduz a vida útil das peças dos caminhões, aumenta o tempo de viagem e encarece o frete, elevando, assim, os custos das mercadorias, o que compromete as exportações dos produtos brasileiros.
Fontes: Sistema de Ensino Bernoulli, Sistema de Ensino Poliedro, Canal Logística Brasil, Canal Edu Gonzaga.
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