Consiste em uma representação quantitativa da oferta de energia oferecida por um país ou por sua região.
Carbón = Carvão / Renovables = Renováveis
A análise dessa matriz ajuda a compreender a estrutura econômica de uma nação e a sua dependência em relação à determinada fonte energética. As vantagens ou as desvantagens dessa dependência podem ser identificadas no caso da disponibilidade de uma fonte de energia de baixo custo ou da súbita redução da oferta de outra. O racionamento de energia enfrentado pelo Brasil em 2001, provocado pela escassez de chuvas e pela grande dependência do país em relação à energia hidrelétrica, foi histórico.
FONTES PRIMÁRIAS:
Podem ser divididas em renováveis e não renováveis. O que determina se uma fonte é renovável ou não é a diferença entre a velocidade com a qual ela é repostas na natureza e a velocidade que é consumida.
FONTES NÃO-RENOVÁVEIS: São aquelas de origem mineral, com destaque para o petróleo,o carvão mineral, o gás natural, o xisto betuminosos e o urânio.
FONTES RENOVÁVEIS: Geralmente estão ligadas a ciclos da natureza, os quais podem repor rapidamente as condições para o consumo da energia, o que não significa, é claro, que tais fontes sejam inesgotáveis. Na verdade, elas têm limites. Se tais limites forem respeitados, elas poderão continuar funcionando indefinidamente; mas, se ultrapassarmos tais limites, perdemos essas fontes. Os principais exemplos são a hidráulica (rios e oceanos), a solar, a eólica, a biomassa e a geotérmica.
Fontes Alternativas/Limpas: São aquelas cujo impacto ambiental é reduzidíssimo, ou seja, não poluem nem colaboram para o desmatamento ou qualquer outra forma de prejuízo a ecossistemas terrestres ou aquáticos. Alguns destaques:
Energia Solar (pode ser usada por meio do aquecimento da água ou pelas células fotovoltaicas, transformando a luz solar em energia elétrica), Energia Eólica (recomendada para países com ventos constantes e com PIB elevado, devido ao custo da instalação), Energia Geotérmica (utiliza o calor do manto da terra para aquecer a água e gerar energia elétrica), Energia das Ondas (movimento dos oceanos).
A ideologia liberal confunde-se com a luta contra o absolutismo e o mercantilismo e, devido à sua divulgação nas áreas dominadas pelas monarquias europeias na América Colonial, com a luta pela independência política no continente americano.
Os filósofos liberais explicitaram algumas ''leis naturais'' que deveriam determinar a organização das sociedades humanas:
em primeiro lugar, o direito à vida, inerente a todo homem;
em segundo lugar, o direito inalienável de possuir condições mínimas para viver (ar para respirar, comida para sobreviver, moradia e roupas par abrigar-se, etc.), que os pensadores liberais chamavam genericamente de "propriedade privada";
em seguida, o direito à felicidade ou, de modo amplo, o direito de escolher o que é melhor para cada um;
a esse direito de escolha está relacionada a liberdade de decisão, pois só se escolhe alguma coisa quando se tem o direito à liberdade para optar;
enfim, se esses direitos são naturais, eles são, também, universais; todos os homens, independentemente de onde estejam ou de que nível social façam parte, devem possuí-los igualmente.
Vida, propriedade privada, felicidade, liberdade e igualdade de direitos constituem, sinteticamente, a bandeira mais ampla do pensamento liberal.
Em linhas amplas, o liberalismo opõe ao Estado autoritário e hipertrofiado. Ao invés de existir um rei que submete a todos a sua vontade, no Estado contratual liberal, os governados cedem apenas alguns direitos ao governante. Os poderes políticos devem ser divididos, cabendo ao governantes primordialmente o direito de executar a lei; os governados determinam as leis, através de Parlamentos, que, em última análise, expressam a vontade da maior parte dos cidadãos.Acima da vontade de todos, está a lei.
O Estado não deve - e nem pode - interferir na economia. A economia, como a sociedade, é também regida por leis naturais. As leis naturais que regem a economia - como a lei de oferta e da procura - garantem a produção, a troca e os preços de forma "natural". O livre comércio, sem barreiras alfandegárias ou protecionismos, como era comum na economia mercantilista, garante o equilíbrio entre as nações.No máximo, deve caber ao Estado emitir a moeda e vigiar se as relações econômicas estão se realizando de modo normal.
Os homens que construíram a teoria liberal
O liberalismo surgiu, inicialmente, na Inglaterra, onde, não por acaso, Isaac Newton havia culminado a Revolução Científica ao formular os princípios da gravitação universal. Da Inglaterra, as ideias liberais se espalharam pela França e, daí, por todo o continente, atingindo, em seguida, as a´reas coloniais da América. Na França, especialmente, a produção de obras de caráter liberal deu origem àquilo que se chamou de pensamento iluminado ou iluminismo; os teóricos liberais franceses consideravam-se iluminados pela razão e pela ciência, destinados a superar o obscurantismo da tradição, da autoridade e da religião constituída. O pensamento liberal propunha a eliminação do estado autocrático de fundamentação absolutista e da presença de qualquer poder político na gestão da economia. JOHN LOCKE (1632-1704)
Inglês, é considerado o grande percursor das teorias liberais. Em seu livro, O Segundo Ensaio sobre o Governo Civil, publicado em 1690 para justificar politicamente a Revolução Gloriosa (1688) - que derrubou o regime absolutista inglês -, Locke propõe
uma nova concepção de ''Contrato Social'' que estabelece na sociedade politicamente organizada o direito de governar sendo um consentimento dos cidadãos, que criaram o Estado para defender os seus direitos;
a existência da propriedade privada como um direito natural o qual cabe o Estado apenas reconhecer e proteger.
a garantia do direito de rebelião aos cidadãos se o Estado se negar a garantir os seus outros direitos ou se demonstrar injusto em relação a eles;
a concepção de um Estado no qual existem funções ou poderes que devem ser exercidos por órgãos ou indivíduos diferentes.
ADAM SMITH (1723-1790)
De origem escocesa, publicou, em 1776, o livro Indagação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Esse é o livro é tão importante para a ciência econômica quanto o de John Locke foi para a ciência política. Em seu livro, Smith se indaga sobre a verdadeira causa da riqueza de uma nação. Para os mercantilistas, os metais preciosos eram a causa, para os pensadores fisiocratas era a agricultura. Porém, para Smith, a causa da riqueza de uma nação era o trabalho.
Dessa forma, a riqueza de uma nação passava a ser considerada como fruto da soma de todo o trabalho realizado por seus habitantes durante certo período de tempo, independente da atividade predominante. Adam conclui que: 1) há uma divisão natural do trabalho sendo que existem uma complementariedade entre eles. 2) o valor do trabalho é que dá valor de troca a um determinado bem, ou seja, um produto vale mais ou menos, dependendo da quantidade de trabalho empregado para produzi-lo.
Adam também defendeu a liberdade econômica e na adaptação dos preços através da lei da oferta e da procura. Dessa forma, a economia não deveria haver regulamentação, portanto, não haveria espaço para o protecionismo que se praticava no Mercantilismo, gerando um benefício para os países que se veriam livre de tarifas alfandegárias.
defesa da não intervenção do Estado na economia;
o direito à livre-iniciativa em atividades econômicas;
o direito o livre-câmbio entre as nações;
a crença de que o trabalho é a verdadeira causa da riqueza.
MOSTESQUIEU (1689-1755)
Advogado e filósofo francês, tomou contato com o pensamento de Locke ao visitar a Inglaterra. Em sus obra mais famosa, O Espírito das Leis, Montesquieu propõe que as leis devem refletir realidade da sociedade para a qual foram regidas. Defende que o poder deve ser contrabalançado pela sua separação em âmbitos distintos, acreditando que as funções de fazer a lei (legislativas), de administrar e de executar a lei (executivas) e de exercer a justiça (judiciais) devem ser ocupadas por órgãos e pessoas diferentes de modo a evitar o abuso e a tirania que caracterizavam o exercício do poder pelos reis franceses.
VOLTAIRE (1694-1778)
É o maior de todos os filósofos iluministas. Como Montesquieu, Voltaire conheceu a obra de Locke e Newton na Inglaterra e tornou-se um ardente defensor das liberdades e da crença na razão humana a partir daí. A sua maior luta foi contra a tirania e a opressão, representadas pelo Estado Absolutista e pela Igreja Católica. Escreveu as Cartas sobre a nação inglesa, livro no qual exalta a monarquia limitada, a liberdade religiosa e a nova ciência natural como parâmetros da civilização para os demais países europeus. Em seu mundo ideal, o clero, as guerras e a ambição não existiam.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)
De origem suíça, completa a tríade de maior destaque dos pensadores iluministas franceses do século XVIII. Influenciado pelas tendências românticas presentes em suas obras, Rousseau reflete como nenhum outro pensador liberal sobre os direitos e a igualdade, escrevendo longamente sobre o assunto no Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1754), no qual ataca a hierarquia social instituída e denuncia a injustiça que existe na sociedade.
Em O Contrato social, Rousseau avança nas reflexões sobre o tema das desigualdades e descreve a necessidade de se estabelecer um contrato político entre o poder e a sociedade como forma de garantir os direitos dos homens. Rousseau defendeu a tese da bondade natural do homem, que é corrompido pela civilização, concebendo o bom selvagem. Na obra de 1754, ele defende que a propriedade é a origem da desigualdade e responsável pela miséria humana. Coerente com essa posição, ele é o único dos principais nomes do Iluminismo a defender o voto universal.
No documentário do diretor sueco Peter Cohen, lançado em 1998, vemos uma abordagem sobre temas que marcaram a virada do século XIX para o XX, entre eles, a Eugenia e higiene racial.
Para grandes nações como os Estados Unidos, Alemanha, Suécia e União Soviética, o progresso da sociedade ainda não havia sido alcançado devido à existência de camadas inferiores da população que eram responsáveis por altas taxas de procriação ao redor do mundo, e, para que esse sentido de progresso fosse estabelecido, era necessário medidas que selecionassem a espécie humana em busca de um padrão idealizado dos seres humanos.
A Eugenia ''positiva'' era aquela que incentivava as camadas superiores da sociedade a procriarem e aumentar o número de descendentes qualificados, enquanto a Eugenia "negativa" resultava na morte dos indivíduos que nascessem com alguma deformidade ou não encaixasse nos modelos estabelecidos.
Com as teorias de Gregor Mendel em ascensão, houve um intenso embate entre aqueles que se apoiavam no mendelismo e os lamarckistas. Apesar dos estudos de Mendel terem sido reconhecidas somente após sua morte, a Lei da transmissão dos caracteres através da hereditariedade não foi bem aceita pelos adeptos de Lamarck, que acreditavam fielmente na Lei da transmissão dos caracteres adquiridos e a influência do meio sobre o indivíduo. Hoje, sabemos que Lamarck estava errado.
O avanço da genética foi considerado apenas um estudo de apoio na época, enquanto a Eugenia e higiene racial representavam o ciência principal e se espalhavam nas grandes nações. Na União Soviética, o cérebro de Lênin foi retirado de seu corpo assim que o político veio a falecer. Os russos queriam entender mais sobre a inteligência de grandes ícones de seus país e ainda criar uma árvore genealógica que moldasse ao longo dos anos as novas gerações no novo modelo de civilização soviética.
Nos Estados Unidos, aproximadamente 20 estados decretaram a Lei de esterilização de bebês doentes ou deformados, com a finalidade de eliminar aqueles que representariam o atraso da sociedade da época. Já na Alemanha, os estudos de Eugenia duraram anos e foram disseminadas fortemente durante a chegada de Hitler ao poder e o desejo de selecionar raças ''puras'' e cultuar o padrão idealizado do corpo do cidadão alemão, inspirado nas esculturas greco-romanas. Para eles, o trabalho também é responsável pela desconfiguração do corpo ideal, sendo assim todos deveriam se espelhar na civilização da Grécia antiga.
Todo esse cientificismo no início do século XX foi responsável por mais de 100 mil mortes em média por países adeptos das higiene racial e a acentuação das práticas racistas e intolerantes contra negros e imigrantes que eram considerados raças impuras e primitivas. A genética e a Eugenia foram abolidas da União Soviética no período governado por Stálin, sendo a Segunda Guerra Mundial o ápice do genocídio em massa de etnias e classes sociais que não se encaixavam nos parâmetros estabelecidos pela Eugenia.
A obra de machado de Assis não nasceu pronta, isto é, seus primeiros escritos não têm a força e a beleza das obras produzidas mais tarde, depois de muito esforço e dedicação. Afinal, escrever é um ofício que não depende de inspiração, ou melhor, que dela depende só até certo ponto.
Seus primeiros livros foram seus primeiros passos literários. A transformação aconteceu por volta de 1881, quando Machado publicou o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e os contos Papeis Avulsos. Mas transformação por quê?
Os romances e contos machadianos anteriores à década de 80 têm ainda algum parentesco com a literatura romântica, especialmente com os romances de José de Alencar, o autor de Senhora. São casos de amor contrariado, conflitos abafados pelas quatro paredes do lar, que de forma alguma poderiam perturbar a ordem social e familiar dos leitores da época, todos membros da nossa pacata e provinciana burguesia carioca.
Os primeiros romances são histórias simples, onde interesses conflitantes originam impasses: orgulho versus amor, ambição versus piedade e assim por diante. Ressurreição, A Mão e a Luva, HelenaeIaiá Garcia - romances dessa primeira fase machadiana - são aparentemente inofensivos; prestam-se a uma leitura superficial, o passatempo preferido do públicos feminino daquela época.
O segredos das personagens:
O algo a mais, a pitada de tempero que Machado acrescenta à receita romântica é que ele já começa, desde então, a criar personagens de muita força e fazê-las viver as contradições da sociedade brasileira de seu tempo. É como se, desde o início de sua carreira de escritor, Machado se interessasse muito mais pelas razões sociais e particulares que levam as pessoas a agirem de uma certa maneira, do que pela ação propriamente dita.
Em seus romance iniciais, portanto, Machado desmascara o mundo cor-de-rosa sugerido pelo romance romântico, onde o casamento era cura para todos os males e fiador da ordem social. Ao contrário, Machado vê o casamento como uma espécie de comércio ou, pelo menos, uma troca de favores.
Decididamente, o romance e os contos de Machado, anteriores a 1880, escurecem os tons claros do romance romântico, sem vestir o rubro da denúncia realista. São romances cinzentos, de casinhos miúdos, como miúda e cinzenta era a vida brasileira na época.
Machado dos anos 80:
Nas obras que escreveu depois de 1880, Machado era outro, ou melhor, era o mesmo de antes, só que mais desenvolvido e maduro. Este Machado maduro passou a escrever para leitores também maduros. Como antes, as obras desta fase não arrastam seus leitores por aventuras emocionantes, não bisbilhotam a vida de pessoas ilustres, nem dão maior realce à vida sentimental das personagens. Na da disso. A partir de 1881, Machado continua a cuidar, em suas obras, de casinhos miúdos, aparentemente desimportantes, vividos por pessoas comuns. Mas algo diferente já há...
Estas pessoas comuns que encontramos nas primeiras folhas dos romances machadianos tornam-se absolutamente extraordinárias quando acabamos a leitura e fechamos o livro. O que as torna especiais e extraordinárias? A forma pela qual Machado as constrói: devagarzinho, na frente de nossos olhos, frisando um gesto, um jeito especial de falar, uma ação esboçada mas não concluída. Ao fim da leitura, vemos na personagem e sentimos nela também o homem brasileiro do Segundo Império e da Primeira República. A personagem machadiana é o homem de sempre.
Radiografia de uma sociedade desenganada:
Criando suas personagens, Machado nada lhes perdoa: as mesquinharias pequenas e grandes; as indecisões; o oportunismo disfarçado; a falsa devoção; e a moral de fachada. Machado é implacável e irônico, não ocultando seu desencanto e, talvez, desencantando o leitor. Não com o livro, mas com a vida.
Machado desnuda as falsas virtudes, os interesses escuros, a caridade ostensiva, tudo, enfim, que constitui o avesso de uma vida socialmente digna e respeitável. Machado narra suas histórias, é cético quanto à sociedade brasileira e quanto à natureza humana.
Em resumo, a ironia com que Machado contempla o mundo de seus romances e contos desta segunda fase cumpre ainda outra função: é eficientíssima como postura literária, identificando um contador de casos que sabe tomar distância do que conta, e que sabe, também, manter o leitor a distância. Afinal, é necessário um certo afastamento do objeto para que se possa ter um ângulo de visão mais abrangente. Nada de envolvimentos, nada de parcialismos.
O Rio de Janeiro é o mundo: As personagens de Machado são profundamente brasileiras, mas seus traços de brasilidade não se identificam aos traços que a tradição literária romântica nos ensinou a considerar brasileiros, como por exemplo o índio corajoso e exótico, ou o sertanejo folclórico e pitoresco. Não. A brasilidade de Machado de Assis evita falar de índios coloridos e tipos regionais. A brasilidade de Machado consiste, assim, na fidelidade com que o romancista traz para seus romances todo o ambiente da sociedade urbana brasileira, miniaturizada nos salões e grupos humanos do Segundo Império e dos primeiros anos da República.Machado recria, em seus romances, o mundo carioca (e brasileiro) de uma sociedade arcaica, cujos hábitos antigos e cerimoniosos e cujas atividades convencionais dissimulavam, na boa educação e nos modos polidos, toda a violência de uma sociedade escravocrata, onde o apadrinhamento e o "jeitinho" brasileiro solucionavam, sempre que necessário, as situações geradas por uma estrutura social assentada nos privilégios e numa divisão desigual dos bens. Machado, em seus melhores momentos, reflete esta sociedade dura e desapiedada, preconceituosa quanto à cor e posição social, sem nenhuma tradição política - os dois primeiros partidos políticos daquela época, por exemplo, embora se chamassem Conservador e Liberal, cumpriam a mesma função: sustentar o regime, o governo, o Estado. Mesmo a República, a cuja proclamação assistimos em Esaú e Jacó e Memorial de Aires, é vista, aos olhos de Machado, como simples mudança de fachada, pois os alicerces do tempo do Império continuam os mesmos. Nesse sentido, Machado é profundamente brasileiro, pois conta nas suas obras a verdadeira realidade, desmistificando nossa fama de povo democrático e não-violento. OBRAS:
Romances:
Ressurreição (1872)
A Mão e Luva (1874)
Helena (1876)
Iaiá Garcia (1878)
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
Quincas Borba (1891)
Dom Casmurro (1899)
Esaú e Jacó (1904)
Memorial de Aires (1908)
Contos:
Contos Fluminenses (1869)
Histórias da Meia-Noite (1873)
Papeis Avulsos (1882)
Histórias sem Data (1884)
Várias Histórias (1896)
Fonte: Literatura comentada - Machado de Assis; editora Nova Cultural; Canal Instrução digital
Trata-se de uma narrativa curta, no cotidiano. A maioria das crônicas narrativas apresenta um só núcleo de ação, um só tempo e um só espaço. São fatos do cotidiano narrados em uma linguagem compatível.São comuns os desvios de norma, tal procedimento procura dar mais veracidade à história (verossimilhança). As crônicas também podem ser dissertativas, vide boa parte das crônicas jornalísticas.
CONTO
O conto é uma narrativa em que há um só conflito, um só drama, uma só ação: unidade de ação. Todos os componentes da história estão concentrados em uma única direção, ao redor de um só drama.
NOVELA
Por oposição ao conto, a novela possui várias células dramáticas, os conflitos se relacionam.
ROMANCE
Na novela, o jogo das ações não é ambíguo, cada gesto guarda um único significado, a estrutura é fechada. No romance, a estrutura é aberta em todas as direções da realidade exterior, enquanto a novela minimiza a diversidade, o romance procura enfatizá-la. Se na novela temos uma sucessividade dramática, no romance há simultaneidade.
FÁBULA
A fábula é uma narrativa breve, as personagens são animais que, na verdade, representam os homens; a finalidade é transmitir uma lição moral. Faz-se uso da personificação.
EPOPEIA
A epopeia é uma narrativa extensa, composta em versos, destacando as ações do herói ou as aventuras de um povo; é o caso de Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisseia, de Homero. A estrutura é dividida em preposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo.
O Realismo e o Naturalismo, cujas origens centram-se na França, formam as correntes artísticas mais significativas da segunda metade do século XIX.
As primeiras manifestações de contorno realista datam de 1850 e 1853. O pintor francês Gustave Coubert expôs telas que escandalizaram os parisienses, Enterro em Ornans e As banhistas, 'realistas demais', chocantes porque imitavam a vida. Em 1855, algumas telas de Coubert foram terminantemente recusadas pela Exposição Universal de Paris. Em protesto à recusa, o pintor realizou uma exposição com o título genérico de O Realismo.
Enterro em Ornans - Gustave Coubert
Na literatura, 1857 é um marco importante: o escritor Gustave Flaubert publica Madame Bovary, símbolo do Realismo na França, e no qual faz uma impiedosa análise de uma mulher burguesa, cuja vida é destruída por sonhos românticos.
As banhistas - Gustave Coubert
O Realismo se opõe ao espiritualismo e ao idealismo da escola romântica. Tudo que é importante para o romântico - o que signifique transcendência, estados da alma e busca da religião - perde o significado.
O Realismo-Naturalismo possui um contexto sociopolítico, científico e filosófico bem determinado: insere-se em uma época em que predominam a Ciência, a Razão e o Progresso.Palavras de ordem dessa nova época.
O Evolucionismo de Charles Darwin: Publicação do livro A Origem das Espécies, em 1859.
O pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, que, embora valorize a ciência, acredita que o ser humana é uma criatura mesquinha, destinada ao sofrimento e à dor.
Os fundamentos socialistas de Marx e Engels começam a ser aceitos como ideias claras de um novo tempo, significando saídas políticas de ímpeto revolucionário e transformador.
As respigadoras - Jean-François Millet
Todo esse ambiente materialista remete à segunda metade do século XIX, a um tempo de profundas transformações, levando-se em conta os desdobramentos da chamada civilização industrial: as cidade sofrem veloz expansão, aparecem os trabalhadores proletários e a classe dominante substitui, aos poucos, seu ímpeto revolucionário e libertador por impulsos reflexivos, observação, análise, disciplina e sistematização de conceitos.
Os quebradores de pedra - Gustave Coubert
É dessa forma que as noções de Deus, transcendência, alma, religião - fundamentais para época romântica - são deixadas em segundo plano e substituídas pela empiria (doutrina que admite que o conhecimento provém unicamente da experiência), pelo anticlericalismo contundente e pelas críticas ao Cristianismo, que paralisa as atividades do homem, ou coíbe seu progresso.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REALISMO
Denúncia social: para o realista, a arte deveria refletir a sociedade, e a literatura deveria ser ''arma de combate, de reforma e ação social''.
Objetivismo: preocupação primeira com a verdade, tendo por apoio a análise e a observação.
Temas contemporâneos: toda a ficção realista tem como fundamento a crítica social (contra o clero, a burguesia e o Capitalismo) e a análise psicológica (caminho difícil para analisar as causas de todas as ações humanas).
Descritivismo: valoriza o meio e suas influências sobre os indivíduos, e à medida que observa, analisa e documenta, precisa acumular detalhes do mundo físico e psicológico, fazendo a obra literária ganhar vida e aproximar-se da realidade, ser seu espelho.
Anticlericalismo: criticavam a postura conservadora da Igreja que se ligava ao poder dos Estados monárquicos. Criticavam a hipocrisia moral, o conservadorismo ideológico e seu atrelamento a um poder em crise. Eram, portanto, obstinadamente anticlericais obras como O primo Basílio (Eça de Queirós) e O mulato (Aluísio Azevedo)
Contenção emocional: os prosadores deste período pretendem uma suposta "posição neutra" diante do relato literário que concretizam. Busca de explicações lógicas, racionais para seus personagens
Herói ausente: As personagens são geralmente esféricas. Tais personagens surpreendem o leitor ao fim da narrativa. Diferente do Romantismo que possui heróis bondosos, perfeitos e fiéis (íntegros), na prosa realista, as personagens estão mais próximas dos seres humanos: evoluem e têm profundidade psicológica.
Comte nasceu em Montepellier em 1798. Viveu sua infância na França (então dominada por Napoleão Bonaparte) e assistiu à entrada de seu país na era da industrialização. Foi o primeiro nome da Sociologia Clássica, definindo uma metodologia de investigação para os fenômenos sociais. À ciência que denominamos Sociologia, Comte chamou de Física Social. Entre 1830 e 1842, publicou sua primeira grande obra, Curso de filosofia positiva.
Comte inaugurou a corrente Positivista (positivo: o que é seguro e posto, estabelecido ou reconhecido como um fato. Realidade efetiva. Aquilo que pode ser provado por meio da ciência). Certo e seguro seria o estudo baseado nos rigores científicos e no poder absoluto do que se entendia por razão, em detrimento das explicações teológicas e sobrenaturais da realidade, características da escola literária Romantismo. Com a inauguração da Revolução Industrial no século XVIII, ciência e técnica aliaram-se, trazendo a concepção cientificista (ciência como único conhecimento admissível). Dentro desse contexto, Auguste Comte formulou a teses de que o espírito humano teria três processos históricos diferentes: o teológico, o metafísico e, finalmente, o positivo. No teológico, as explicações viriam a partir do sobrenatural (religião); no metafísico, viriam das ideias e reflexões abstratas que procuravam explicar a origem da vida e do universo em si (filósofos); no positivo, graças à maturidade espiritual humana, as respostas seriam obtidas única e exclusivamente pelas ciências, ou seja, pela razão. Dentro do racionalismo privilegiado pelos positivistas, a ciência seria o único conhecimento possível e seu método, o único válido para entender todas as atividades humanas. De acordo com essa ideia, Comte procurou explicar as relações sociais tomando os modelos da biologia (a sociedade como um organismo coletivo).
Obviamente, a contribuição de Comte para o desenvolvimento da "ciência tecnológica" é notável, mesmo tendo sido criticado pela perspectiva meramente objetiva desse pensamento, excluindo, por conseguinte, todas as manifestações subjetivas. É notória sua influência naquele que é considerado o primeiro pensador sociológico, por excelência, Émile Durkeim. Destaque-se, ainda, no pensamento de Augusto Comte:
Concepção do termo "Sociologia" como análise objetiva dos acontecimentos sob ponto de vista "positivo", ou seja, submisso às leis naturais.
Ênfase na ORDEM e no PROGRESSO como fundamentos de uma sociedade necessariamente positiva.
Abandono do pensamento metafísico-religioso e adotou a perspectiva do que denominou "religião positiva", fundada nos ideias científicos e no próprio rigor científicos.
Defesa das instâncias científicas em todas as modalidades de pensamento humano, a fim de garantir um resultado claro e confiável, sem as interferências da perspectiva subjetiva.
CURIOSIDADE: O lema da bandeira brasileira foi inspirado na fórmula positiva: "L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but''(O amor como princípio e a ordem como base; o pregresso como meta).
Fonte: Sistema de Ensino Poliedro, Editora Soma, Canal Sistema de Ensino Poliedro.
A primeira reação à Constituição outorgada aconteceu em Pernambuco, já em 1824. Foco previsível de insatisfações devido às atividades revolucionárias em 1817 (Revolução Pernambucana).
A Confederação do Equador (Pernambuco, 1824)
A - A situação em Pernambuco.
A crise econômica
A presença de ideais liberais
A manutenção dos interesses portugueses.
O Descontentamento com os episódios de 1823/1824
B - O movimento.
A tomada do poder na província de Pernambuco.
O alastramento pelo Nordeste: províncias do Ceará, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A formação de um Governo Provisório: (caráter republicano e federativo (inspirado no modelo dos estados Unidos).
A violenta repressão.
Desejo de autonomia regional.
Movimento liderado pelo Frei Caneca.
A política externa de d. Pedro I.
A - O reconhecimento da independência
Estados Unidos: a Doutrina Monroe. Tal política visava colocar as jovens nações da América Latina na órbita do capitalismo norte-americana, usando a luta anticolonial como bandeira que mascarava seus reais propósitos econômicos.
Inglaterra: renovação dos tratados de 1810.
Portugal: pagamento de uma dívida de 2 milhões de libras para a Inglaterra.
B - A Guerra da Cisplatina
A luta da Cisplatina pela Independência.
O apoio argentino: envio de tropas brasileiras para a região.
A mediação inglesa.
A independência: República Oriental do Uruguai.
As lutas internas e a abdicação
A edificação do novo Estado fazia-se em um momento em que toda a atividade econômica brasileira encontrava-se em decadência. O início do século XIX é um período no qual as atividade econômicas que historicamente haviam alavancado a economia colonial encontravam-se enfraquecidas.
Os gastos desmedidos com a repressão à Confederação do Equador e com a guerra da independência da Cisplatina, bem como os dois milhões de libras que d. Pedro I havia assumido como dívida em troca do reconhecimento da independência brasileira por Portugal, além dos gastos naturais da montagem do aparelho de Estado, todos esses elementos levaram as finanças do Império a uma bancarrota tal que o banco do Brasil teve sua falência em 1829.
Crescimento da oposição;
Críticas associavam-no a uma postura absolutista e algumas vezes despótica;
Denúncias na imprensa (Líbero Badaró) e manifestações públicas;
A aproximação do imperador com os comerciantes portugueses e formação do "Partido Português";
A oposição a D. Pedro I se organizou no "Partido Brasileiro"
O liberalismo volta a ser grande bandeira política no plano internacional. No Brasil, isso teve por efeito deslocar o foco maios das críticas a d. Pedro I para seu autoritarismo. Assim, seus opositores assumem a denominação de Partido Liberal;
Agravamento da tensão política como o assassinato de Líbero Badaró, seu principal opositor, resultando em manifestações de repúdio ao fato, até mesmo quando o imperador viajou para Ouro Preto.
A "Noite das Garrafadas". Lita entre "brasileiros" e "portugueses";
Abdicação de d. Pedro I com o pretexto de assumir o trono português.
Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho o Senhor d. Pedro de Alcântara.
Carta de d. Pedro I abdicando do trono
Abdicação do trono
Fonte: Sistema de Ensino Poliedro, Canal das Videoaulas
Nesse resumo vamos falar da formação do Estado brasileiro. O fundamental é perceber que o caráter elitista da independência esteve presente no modelo de Estado que a aristocracia brasileira buscou criar e como d. Pedro frustrou esse projeto ao concentrar o poder em suas mãos.
É importante ficar atendo, basicamente, às diferenças entre o projeto constitucional de 1823 e a Constituição imposta por d. Pedro em 1824; e também como se manifestou a reação da aristocracia brasileira, tanto na Confederação do Equador quanto na própria luta política que levou à queda de d. Pedro I.
Ainda é importante perceber, para caracterizar d. Pedro como um claro defensor de interesses portugueses, as negociações para o reconhecimento da independência do Brasil por Portugal. Essa questão será importante para explicar parte da luta pela independência, de acordo com os seguintes itens:
O projeto constitucional de 1823 (Constituição da Mandioca)
A Constituição de 1824
A reação de elites locais: a Confederação do Equador
As negociações para o reconhecimento da Independência do Brasil
A Guerra da Cisplatina
A MONTAGEM DO ESTADO:
A - A Assembleia Constituinte de 1823
Predomínio da elite agrária
O anteprojeto de Constituição:
a Constituição da Mandioca;
o elitismo: voto censitário (por renda) e indireto;
a autonomia provincial;
a redução dos poderes do imperador;
o antilusitanismo.
B - A reação de d. Pedro I.
O fechamento da Constituinte
a "Noite da Agonia".
2. A Constituição de 1824:
OUTORGADA: elaborada por um Conselho de Estado;
rígida CENTRALIZAÇÃO: AUSÊNCIA DE AUTONOMIA DAS PROVÍNCIAS;
o autoritarismo: presença do PODER MODERADOR.
preservação dos interesses portugueses.
Fonte: Sistema de Ensino Poliedro, Canal das Videaoaulas
O sistema ferroviário brasileiro começou a ser implantado em 1854, quando o Barão de Mauá inaugurou a primeira ferrovia ligando a Baía de Guanabara a Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Por muitas décadas, a vinculação da produção de café às ferrovias era evidente, principalmente em São Paulo, onde surgiram várias ferrovias para servir à economia cafeeira, em franco desenvolvimento nesse estado no período de 1850 a 1930, que corresponde ao seu período áureo no país.
O transporte ferroviário é o segundo mais barato para médias e longas distâncias, atrás apenas do hidroviário.As ferrovias reduzem significativamente, o custo do frete, o que, em alguns setores, pode ser decisivo, pois os produtos se tornam mais competitivos. No caso do minério de ferro, o custo do transporte chega a quase metade do preço do produto.
TRANSPORTE AQUÁTICO:
Esse model é compreendido pelos transportes hidroviários, aquaviário ou aquático. Utiliza como vias de passagem os mares abertos, os mares fechados, os lagos e os rios para o deslocamento de cargas e passageiros. É o mais utilizado para transportar grandes quantidades de mercadorias a longas distâncias, por isso, é fundamental para as relações comerciais entre continentes. Os portos constituem as ''portas'' de comunicação entre os continentes e o restante do mundo, pois é através deles que se efetua a maior parte das relações estabelecidas no comércio internacional.
Canal do Panamá
Esse meio apresenta algumas desvantagens devido à sua lentidão e à necessidade de integração (mudança das mercadorias para outros meios de transporte que as conduzam aos lugares de destino). A navegação dos rios, por exemplo, é muito dependente das condições físicas: existências de regiões mais ou menos planas, débito do rio (quantidade de água que passa um determinado local do rio em dado momento) e extensão dos rios.
Rota das Grandes Navegações
O transporte marítimo de passageiros teve um papel determinante nas viagens intercontinentais do passado. Esse modal detém, atualmente, uma reduzida importância, uma vez que foi substituído principalmente pelo transporte aéreo, mais cômodo e mais rápido.
Principais rotas comerciais modernas
Apesar do Brasil reunir as características físicas naturais e de representar um baixo custo, esse meio de transporte é responsável por apenas um pequeno percentual do total de carga transportada no país.Além disso, o sistema marítimo brasileiro que possui grande potencial para desenvolvimento, constitui um dos gargalos de nossa economia. São muitos problemas que dificultam o desenvolvimento da marinha mercante, entre os quais:
embarcações velhas, em média com mais de 40 anos de uso;
ineficiência e deficiências das instalações portuárias;
problemas tarifários, grande burocracia;
desorganização administrativa.
Engarrafamento de navios cargueiros em cais brasileiros
Dentre os países dos BRICS, o Brasil é aquele que possui o pior índice em qualidade de portos e ferrovias
Nos dias atuais, é possível afirmar que o desenvolvimento econômico e social de qualquer território depende da intensidade, da densidade e da qualidade de vida da sua rede de transportes, isto é, de sua matriz de transportes.
Essa matriz corresponde ao conjunto dos principais modais de transportes de um país utilizados para transportar mercadorias e pessoas. Com adequação e planejamento estratégico correto chega-se a uma matriz ideal, que é aquela que permite o deslocamento no menor tempo e com preços melhores, tornando os produtos ou serviços mais competitivos.
A matriz de transportes do Brasil é considerada inadequada, tornando-se, por isso, ineficiente. Considerando-se as dimensões territoriais do país, o grande volume de commodities transportados e o alto custo de manutenção do transporte rodoviário, conclui-se que, para o Brasil, a melhor opção de transporte seria privilegiar o sistema ferroviário e o aquaviário, bem mais baratos e capazes de transportar mais produtos e com menos índice de poluição.
A melhor matriz para um país deve considerar as distâncias a serem percorridas e as necessidades econômicas, coordenando os mais importantes modais de transportes: o aéreo, mais caro;o rodoviário, com custos intermediários;o ferroviário, que apresenta custos bem menores; sem descartar o hidroviário e o uso dos sistemas dutoviários.
Para exemplificar os malefícios de se utilizar uma matriz de transportes inadequada e desequilibrada, podemos tomar o elevado custo dos transportes no Brasil. Esse custo não interfere apenas nas exportações, mas também é repassado ao consumidor final.Com custos elevados, entra a lógica do mercado: com preços maiores, vende-se menos, ao diminuir o consumo, o comércio demite, a indústria corta a produção e também demite, assim, cai a produção de matéria-prima, que será cada vez menos necessária. Mas, no final das contas, o setor que mais perde é o próprio setor de transportes, já que, sem venda, não há produção de bens ou de matéria-prima, reduzindo os produtos que serão transportados.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
Detém o primeiro lugar no deslocamento de mercadorias e de pessoas. O automóvel é o meio de transporte individual que, de maneira geral, permite maior autonomia e mobilidade. Apesar das vantagens do transporte rodoviários, este apresenta alguns inconvenientes, como:
A grande área que as rodovias ocupam.
O grande consumo de combustível.
Maior poluição ao meio ambiente.
Contribui para a acentuação do efeito estufa e para o desgaste das estradas em razão da necessidade constante de reparos.
Retomada histórica >>> No Brasil, as estradas brasileiras ficaram em segundo plano entre 1860-1920, em razão de ter sido essa a época de grande desenvolvimento das ferrovias como forma de ligar as áreas produtoras agrárias aos portos no litoral. Porém, o declínio da ferrovia no país foi decretado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, com a implantação da indústria automobilística no país, na década de 1950.
Na década de 1970, o transporte rodoviário sofreu um de seus mais duros golpes: as chamadas crises do petróleo, que ocorreram em 1973 e em 1979. Nessa época, o sistema ficou muito abalado, surgindo assim várias pesquisas que visavam a desenvolver novas formas de energia. O petróleo é a matéria prima da principal fonte de energia usada no sistema rodoviário e é também matéria-prima para a fabricação do asfalto que pavimentava as estradas.
Apesar de ser o transporte mais usado no Brasil, o transporte rodoviário é mal servido no que diz respeito à abrangência e à eficiência. Alguns aspectos da ineficiência desse transporte são listados a seguir.
excesso de vegetação nos acostamentos;
animais na pista;
buracos e rachaduras no asfalto;
falta de pavimentação;
problemas de sinalização
É preciso considerar que a precariedade das rodovias reduz a vida útil das peças dos caminhões, aumenta o tempo de viagem e encarece o frete, elevando, assim, os custos das mercadorias, o que compromete as exportações dos produtos brasileiros.
Fontes: Sistema de Ensino Bernoulli, Sistema de Ensino Poliedro, Canal Logística Brasil, Canal Edu Gonzaga.
Os cnidários ou celenterados incluem hidra, água-viva, coral, anêmona, caravela-portuguesa. São exclusivamente aquáticos e predominantemente marinhos.
Eucariontes (possuem envoltório nuclear)
Pluricelulares (metazoários)
Heterótrofos
Simetria radial
Diblásticos
Protostômios (formam apenas um orifício - boca)
Formam tecidos
Possuem duas formas básicas: pólipo e medusa.
Pólipo - Têm forma tubular, geralmente sésseis (fixos) e de colorido brilhante. Ex: corais, hidra, anêmona-do-mar.
Corais
Anêmona-do-mar (filme Procurando Nemo)
Movimento das hidras
Medusas - Possuem forma de guarda-chuva. São de natação livre (móveis), com diferentes colorações. Ex: águas-vivas.
Dory toca região das águas-vivas com ausência de cnidócitos
Água-viva
Caravela portuguesa
Os celenterados têm o corpo formado por duas camadas de células: epiderme (camada mais externa) e gastroderme. Entre essas duas camadas, fica a mesogleia, material gelatinoso que mantém unidas a epiderme e a gastroderme.
Os cnidários têm células típicas denominadas cnidoblastos, cada uma delas dotada de uma cápsula chamada nematocisto, que contém um líquido urticante e um tubo enrolado em seu interior. Quando o cnidoblasto é estimulado pelo toque ou por algumas substâncias químicas, ocorre a liberação do tubo enrolado, por cuja extremidade é expelido o líquido urticante. Esse líquido é utilizado na defesa e na captura de presas. Em seres humanos pode causar lesões dolorosas na pele ou mesmo a morte, decorrente do envenenamento ou do afogamento da pessoa.
Em alguns celenterados, como os corais, a epiderme secreta um exoesqueleto de calcário e substâncias orgânicas. Em outros, como a água-viva, o corpo é mole, porque não possuem esqueleto de sustentação.
Nos celenterados, o grau de organização é superior a dos poríferos em vários aspectos.
Há um sistema digestório: Formado por um tubo digestório incompleto que, por sua vez, é constituído pela boca e pela cavidade gastrovascular. O alimento capturado pelos tentáculos é introduzido na cavidade onde, por ação de enzima digestivas produzidas, é parcialmente digerido.
Há um sistema nervoso difuso: Nos celenterados temos a primeira evidência evolutiva de um sistema nervoso. Alguns ocelos (corpúsculos capazes de detectar maior ou menor intensidade de luz) e órgãos de equilíbrio.
Alguns apresentam gônadas: (Ovários e testículos). Nos celenterados temos, então, a primeira ocorrência evolutiva de gônadas (glândulas sexuais).
Sistema respiratório, circulatório e excretor inexistem nos celenterados.A distribuição de nutrientes se faz por difusão entre as diversas células do corpo, assim como as trocas gasosas (O2 e CO2)e a eliminação de excretas nitrogenadas também se faz por simples difusão.
Reprodução: Pode ser assexuada ou sexuada, ocorrendo em certas espécies o fenômeno da metagênese (alternância de gerações)
Assexuada> Divisão binária (bipartição) / brotamento (gemiparidade) ou ainda por estrobilização.
Sexuada> Se faz por fecundação que, dependendo da espécie pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto (hidra) ou indireto, como ocorre em muitas espécies que formam uma larva ciliada conhecida como plânula.
OS CORAIS: (Muito importante!!!)
Questão ENEM - 2014: Parte do gás carbônico da atmosfera é absorvida pela água do mar. O esquema representa reações que ocorrem naturalmente, em equilíbrio, no sistema ambiental marinho. O excesso de dióxido de carbono na atmosfera pode afetar os recifes de corais.
O resultado desse processo nos corais é o(a)
a) seu branqueamento, levando à sua morte e extinção.
b) excesso de fixação de cálcio, provocando calcificação indesejável.
c) menor incorporação de carbono, afetando seu metabolismo energético.
d) estímulo da atividade enzimática, evitando a descalcificação dos esqueletos.
e) dano à estrutura dos esqueletos calcários, diminuindo o tamanho das populações.
Resposta: E
A redução do PH da água do mar danifica o exoesqueleto calcário, reduzindo o tamanho das populações dos cnidários (corais) formadores de recifes.
Revisão básica:
Fontes: Sistema de Ensino Poliedro, Sistema de Ensino Bernoulli, Canal Coral Vivo, Canal Sistema de Ensino Poliedro, Canal Preparação Digital, Canal o Kuadro.